Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Marcos Augusto Pinto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-27042021-121015/
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Resumo: |
Este estudo tem por objetivo caracterizar o momento de acesso de mulheres ao diagnóstico do filho com Síndrome de Down e formas de ressignificação da maternidade, em decorrência da natureza das informações veiculadas, do momento e da forma com se realizou a comunicação pelo profissional de saúde. Buscou-se um caminho metodológico, que possibilitasse identificar possíveis implicações no processo de vínculo estabelecido entre mãe e filho, em decorrência do confronto entre a maternidade idealizada e aquela que se apresenta como real. Para o estudo, foram escolhidos três grupos de mulheres, com experiência de filhos com Síndrome de Down. No conjunto foram realizadas vinte e oito entrevistas individuais. A análise dos discursos revelou que as mulheres, que compuseram o grupo de acesso ao diagnóstico pós-natal, demonstraram maior perplexidade e insegurança. Tais comportamentos têm relação não somente com a forma de transmissão do diagnóstico, mas também são influenciados pela questão intelectual e financeira. O impacto ocorre pelo desconhecimento da criança com que ela se defronta de forma inesperada. Sua maternidade idealizada é fragilizada pelas limitações de uma assistência que não contempla sua integralidade, no momento da transmissão da informação pelo profissional de saúde. A criança é apresentada aos seus olhos não como o filho idealizado por ela, mas como o \"outro desconhecido\"- aquele que não pode nada. As mulheres com acesso ao diagnóstico durante a gravidez, por disporem de um contexto e de um momento diferentes, tiveram tempo para desenvolver uma atitude reflexiva. Os aspectos econômicos e a escolaridade são elementos que ajudaram essas mães a enfrentar a realidade de forma menos conflitiva, não se atendo apenas ao enfoque reducionista do modelo médico - centrado na doença e na medicina tecnológica -, que visualiza a criança com Síndrome de Down em um contexto da patologia ou doença. Elas buscaram outras fontes de informação pertinentes ao desenvolvimento da criança com Síndrome de Down, ressignificando sua maternidade e a condição de seu filho com Síndrome de Down em desenvolvimento intra-uterino. Paralelamente, nos empenhamos em explorar outros estudos teóricos sobre práticas de cuidado (assistência) na relação mãe/criança, notadamente na contingência da concepção de um filho com deficiência, cotejando-os com nosso campo de estudo, especialmente quanto à saúde, em conformidade com uma abordagem que contempla os aspectos biopsicossociais. |