"Um estudo da nominalização no português do Brasil com base em unidades lexicais neológicas"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Maroneze, Bruno Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-22022006-200500/
Resumo: Tendo em vista que a análise de unidades lexicais neológicas tem muito a contribuir para os estudos de formação de palavras, procuramos, neste trabalho, com base nos modelos teóricos de Bybee (1988) e Langacker (1987, 1991) descrever um aspecto da formação de palavras no português brasileiro: os chamados nominais (substantivos abstratos derivados de verbos). Abordamos as tendências e restrições de uso de cada sufixo nominalizador (enfatizando -ção, -mento, -agem, -da e -nc(i)a) bem como da chamada derivação regressiva. Também descrevemos certas características semânticas (polissemia, especialização semântica etc.), sintáticas (exigências sintáticas, uso de verbos-suporte etc.) e discursivas (emprego em textos mais ou menos formais, mecanismos de coesão textual etc.) desse tipo de formação. Em seguida, buscamos mostrar como os sufixos nominalizadores e os nominais são descritos nos dicionários de língua do português brasileiro. A partir de uma base de dados de formações neológicas coletadas em textos jornalísticos entre os anos de 1993 e 2000, analisamos cerca de 170 nominais neológicos, com a finalidade de verificar se tais formações obedecem às tendências e restrições de uso descritas, e se é possível detectar tendências novas. Observamos que: o sufixo -ção, o mais freqüentemente empregado, tem se unido a verbos da segunda conjugação, fenômeno não-atestado em períodos anteriores da língua; os sufixos -ção e -agem vêm apresentando conotações familiares ou jocosas, com destaque para o chamado -ção iterativo; as formas -nça e -ncia vêm adquirindo conotações divergentes, o que pode apontar para que não mais sejam analisadas como formas alomórficas do mesmo sufixo; entre outras observações. Por fim, propusemos uma forma de descrever esses nominais neológicos, a ser utilizada no Dicionário de Neologismos do Português Brasileiro Contemporâneo (Década de 90).