Da moral à ética: o percurso filosófico em A paixão segundo G.H.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leite, Caio Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-16042019-110519/
Resumo: A proposta dessa dissertação é ler o romance A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, à luz das filosofias de Leibniz (via Deleuze) e Espinosa, atentando para os momentos em que cada uma delas predomina na obra. A primeira parte foca na existência de um sistema barroco, que faz da vida de G.H. uma construção harmônica mediada por uma moral e que faz do mundo um lugar marcado pela presença de uma sociedade hierarquizada, simbolizada pelo edifício da personagem. A segunda parte apresenta o processo de perda desse sistema a partir do encontro de G.H. com a barata no quarto de Janair. Já a terceira parte mostra o resultado da transição. O mundo moral torna-se ético, a hierarquia deixa de vigorar e o contato entre as coisas se dá por meio de uma comunhão pautada pela igualdade dos seres. Por fim, assinala-se que essa transformação não é perene, dada a forma espiral do romance. Logo, o mundo moral que se tornou ético pode reaparecer em algum momento futuro e, caso isso aconteça, o mundo ético também pode retornar e assim sucessivamente.