Inovação e desenvolvimento sustentável: um estudo de eficiência para países com aplicação de análise envoltória de dados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Tristão, Raphael Lovadine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18157/tde-13122016-082426/
Resumo: Com o progresso do conhecimento e das técnicas de produção, e o avanço do consumo de recursos naturais e da degradação do meio, a relação em harmonia entre inovação tecnológica e sustentabilidade se faz cada vez mais importante. O conhecimento organizado e disponível aponta para o papel fundamental que a inovação desempenha no contexto do desenvolvimento sustentável. Sistemas produtivos mais limpos e que consumam menos recursos são o caminho central para, como definido pelo relatório Brundtland, a sociedade atual satisfazer suas necessidades sem comprometer a capacidade das sociedades futuras satisfazerem as suas. Nesse contexto, é importante conhecer o nível de eficiência com que os países conseguem transformar inovações tecnológicas em desenvolvimento econômico, social e ambiental - o tripé da sustentabilidade - e, assim, identificar melhores práticas em termos de política global. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é analisar a contribuição da inovação tecnológica para a eficiência em termos econômicos, sociais e ambientais de 79 países, entre os anos de 2000 e 2010. A validação econométrica permitiu observar que as patentes aplicadas (variável de inovação tecnológica considerada neste trabalho) contribuem positivamente para o desenvolvimento econômico (dado pelo PIB), social (dado pela expectativa de vida), e ambiental (dado pela emissão de CO2). Destaca-se este último caso no qual o aumento do número de patentes aplicadas proporciona o aumento das emissões de CO2, denotando que os avanços tecnológicos são insuficientes para deter a emissão de poluentes, ou que as novas tecnologias não têm considerado a sustentabilidade em seu desenvolvimento. Os resultados da DEA demonstraram, em média, uma predominância dos países europeus (principalmente membros da OECD) dentre os mais eficientes nos quatro modelos desenvolvidos. As análises de DEA em dois estágios permitiram concluir que, quando tratada de forma exógena ao modelo, a inovação tecnológica contribui positivamente para a eficiência econômica e social, porém impacta de forma negativa, diminuindo a eficiência ambiental e de desenvolvimento sustentável. Isso denota a necessidade de orientação de políticas públicas e mudanças culturais no sentido da sustentabilidade, aumentando o desempenho e produtividade do uso dos recursos e de reaproveitamento de descartes e diminuindo a produção residual.