Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alves, Leandro Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25062021-104111/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: É reconhecido que o treinamento físico provoca efeitos cardiovasculares positivos em pacientes com insuficiência cardíaca em ritmo sinusal, bem como, em pacientes com fibrilação atrial, isoladamente. Entretanto, ainda não se sabe qual o efeito do treinamento físico quando ambas comorbidades estão associadas. OBJETIVOS: Testar a hipótese de que o treinamento físico melhora a capacidade funcional em pacientes com insuficiência cardíaca e fibrilação atrial. Testar a hipótese de que o treinamento físico melhora a morfologia, estrutura e função cardíaca, reduz os níveis de biomarcadores inflamatórios e melhora a qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca e fibrilação atrial e que há correlação entre melhora da capacidade funcional e esses marcadores. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes com IC e FA, fração de ejeção do ventrículo esquerdo <= 40% e frequência cardíaca de repouso <= 80 bpm, todos otimizados do ponto de vista clínico e medicamentoso, randomizados para os grupos: insuficiência cardíaca com fibrilação atrial treinado e insuficiência cardíaca com fibrilação atrial não treinado. Foi realizado teste cardiopulmonar, ecocardiograma, dosagem de biomarcadores e avaliação da qualidade de vida antes e após o período do protocolo experimental de 12 semanas. RESULTADOS: 26 pacientes, 58±1 anos, homens, fração de ejeção do ventrículo esquerdo ±31,1%, etiologia isquêmica, foram incluídos na análise (insuficiência cardíaca com fibrilação atrial treinado, n= 13) e (insuficiência cardíaca com fibrilação atrial não treinado, n= 13). O treinamento físico provocou modificações no grupo treino em relação ao grupo não treinado - aumentou o consumo de oxigênio de pico (19±1 vs 13±0 ml.kg-1.min-1, P < 0,05), reduziu a dimensão do átrio esquerdo (47±1 vs 56±2 mm, P < 0,05), aumentou a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (36±0 vs 31±1 %, P < 0,05), reduziu os níveis de Interleucina-6 (3±1 vs 5±0 pg/mL, P < 0,05), fator de necrose tumoral (3±0 vs 5±0 pg/mL, P < 0,05), peptídeo natriurético cerebral (208±13 vs 260±11 pg/mL, P < 0,05) e peptídeo natriurético atrial (39±2 vs 47±1 pg/mL, P < 0,05) e reduziu o escore total da qualidade de vida (24 vs 49 pontos, P < 0,05). Houve correlação positiva do VO2 pico com dimensão do átrio esquerdo, pressão do átrio direito, volume diastólico final do ventrículo esquerdo, volume sistólico final do ventrículo esquerdo, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, peptídeo natriurético atrial e dimensão física da qualidade de vida. CONCLUSÕES: O treinamento físico realizado durante 12 semanas melhora a capacidade funcional de pacientes com insuficiência cardíaca e fibrilação atrial. Além disso, melhora indicadores de morfologia, estrutura e função cardíaca, atenua a resposta inflamatória e melhora a qualidade de vida, correlacionando negativamente com o consumo de oxigênio de pico |