Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Souza, Vanner Boere |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-05122022-111001/
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Resumo: |
O estresse é uma resposta adaptativa com componentes neuroendócrinos e comportamentais para manter a homeostase. Sob intenso estresse, pode haver uma ruptura destes mecanismos adaptativos, causando danos na integridade fisiológica e psicológica. O enriquecimento ambiental ameniza os efeitos do estrese. O sagui (Callithrix penicillata) é resistente aos glicocorticóides e possui uma série de estratégias defensivas, favorecendo o desenvolvimento de um modelo potencialmente muito interessante para o estudo do estresse. Neste trabalho, se objetivou estudar em saguis, a resposta comportamental, fisiológica e farmacológica ao estresse e às condições enriquecidas do ambiente. Vinte e quatro animais foram observados em uma linha de base durante 9 semanas. Quatorze padrões comportamentais foram analisados, com o método de animal focal e registro contínuo. Seguiram-se 21 dias para sujeitos submetidos ao estresse (N=10), ao enriquecimento (N=7) e sem manipulação (controle, N=7). No estresse os sujeitos foram isolados e expostos diariamente a breves estressores psicológicos. No enriquecimento os sujeitos receberam inovações e tarefas de obtenção de alimentos no viveiro. Após os tratamentos, seguiu-se uma habituação ao labirinto em \"8\" e exposição ao predador taxidermizado. Após, os sujeitos receberam três doses de buspirona e salina, para avaliar a resposta do sistema serotonérgico, no paradigma do labirinto em \"8\". Foram coletados dados sobre peso, sangue para hemograma, plasmapara dosagem de cortisol, ácidos graxos livres e glicemia. Medidas de temperatura timpânica e retal, também foram coletadas. Os resultados sugerem que o estresse causou uma ruptura dos padrões comportamentais supostamente adaptativos, aumentando o tempo de retraimento na caixa ninho. Houve o aumento na corticosolemia e ácidos graxos livres; ocorreu hipoglicemia e severa perda de peso. A imunidade aparentemente permaneceu funcional. ) O grupo estressado teve uma deficiência de aprendizagem na habituação ao labirinto e foi relativamente refratário à ação da buspirona. O grupo enriquecido diminuiu a agressão e aumentou o explorar, mas apresentou uma resposta ansiogênica à buspirona. Os tratamentos alteraram substancialmente a resposta dos indivíduos aos desafios emocionais. Esta alteração atingiu o sistema serotonérgico. Os grupos adotaram diferentes estratégias de defesa e aproveitamento das condições ambientais. Considerando a resistência ao cortisol, este táxon pode ser beneficiado com uma grande plasticidade comportamental. O modelo de estresse pareceu ser apropriado mas o enriquecimento mereceria uma reavaliação para um ganho maior de resistência aos desafios emocionais |