Efeito do enriquecimento ambiental no comportamento e no cortisol fecal de Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812) de cativeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Jobim, Camila Mendonça Netto lattes
Orientador(a): Prezoto, Fábio lattes
Banca de defesa: Genaro, Gelson lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2083
Resumo: Pela proximidade filogenética com os seres humanos os primatas não humanos são utilizados freqüentemente em estudos comparativos sobre o comportamento e como modelos experimentais na pesquisa biomédica. Contudo, o uso destes primatas implica numa série de questões éticas, incluindo as condições de seu cativeiro e os potenciais fatores da experimentação que podem acarretar dor, injúrias e estresse, interferindo diretamente no bem-estar do animal. O presente trabalho buscou avaliar as respostas comportamentais e endócrinas de sagüis-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata) cativos, machos e fêmeas, frente à técnica de enriquecimento ambiental do tipo alimentar (tubo) e isolamento visual (barreira). As observações foram realizadas em uma amostra de seis fêmeas e seis machos adultos de C. penicillata mantidos no Centro de Biologia da Reprodução da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. As observações comportamentais foram realizadas antes, durante e depois da aplicação da técnica de enriquecimento, no período da manhã, iniciando entre 10 e 11 horas. A avaliação endócrina foi realizada através da mensuração dos níveis de cortisol presente nas amostras fecais dos animais. Tais análises foram realizadas no Laboratório de Dosagens Hormonais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para o enriquecimento alimentar foram encontradas alterações significativas que indicam que este foi eficaz reduzindo comportamentos de alimentação durante a exposição ao enriquecimento e reduzindo a agitação. Para este tipo de enriquecimento os machos se mostraram comportamentalmente mais reativos que as fêmeas e não houve diferença significativa para os níveis de cortisol. Com a utilização do enriquecimento social, foi verificado o conflito gerado com a proximidade entre indivíduos do mesmo sexo, sendo a fase com a barreira a que menos apresentou comportamentos indicativos de estresse, e as fêmeas apresentaram os menores valores para o cortisol. No confronto dos dados de machos e fêmeas, estas se mostraram mais reativas à presença de outras fêmeas, possivelmente pelo fato que sua estratégia reprodutiva ser reflexo do status social. Para os machos o isolamento foi um fator de estresse, uma vez que tiveram maior concentração de cortisol.