Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Thiago Santos de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106131/tde-02012018-185853/
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Resumo: |
Nessa dissertação foram analisados os Relatórios de Impacto Ambiental Rima de Belo Monte (PA) e das Centrais Eólicas de Guajirú, Mundaú e Estrela , no litoral cearense. Essa análise foi feita com o objetivo de se levantar os impactos que foram negligenciados pelos estudos de forma demonstrar que independentemente da natureza, localização e dimensão os empreendimentos elétricos compartilham uma lógica em comum de como eles se relacionam com a sociedade e ambiente, nos quais estão inseridos. Para isso, além dos Rimas foram usadas fontes secundárias e se realizou entrevistas semiestruturadas com representantes das comunidades atingidas pelas Centrais Eólicas de Trairi a única central eólica desse complexo que não foi considerada nesse estudo foi a de Flecheiras I que se encontra distante das comunidades, o que inviabiliza o levantamento de fontes primárias para a análise. A escolha desses casos se deveu à natureza, dimensão e localização diferentes dos empreendimentos, além da disponibilidade de Rimas das centrais eólicas do Ceará, já que pela dimensão reduzida dos empreendimentos eólicos em muitos estados brasileiros não há a necessidade da elaboração desse tipo de documentos. Para se atingir os objetivos propostos o trabalho se dividiu em duas partes, nas quais se pontuam e se analisam os impactos em cada um dos Rimas dos casos analisados, para em seguida, na conclusão, serem relacionados de forma a evidenciar a existência de uma lógica de posicionamentos. Dentre os impactos analisados percebe-se uma sistemática de exclusão de grupos populacionais, como os ribeirinhos, grupos indígenas em Belo Monte, e as comunidade circunvizinhas em Trairi. Além dessas exclusões, foi percebida a presença de lacunas metodológicas em relação aos levantamentos dos impactos em relação a fauna. Nessa fase da análise foram encontrados problemas nos levantamentos em relação as populações de quirópteros morcegos , em Trairi, e de quelônios, em Belo Monte. A partir dessa análise percebeu- se que há um expediente de negligenciamento dos impactos sobre a fauna, já que se verificou falhas metodológicas que impedem que se cheguem a conclusões em linha com o verificado em estudos que consideraram de um número de indivíduos maior. Isso pode ser verificado no caso dos impactos sobre a ictiofauna, no qual o Rima de Belo Monte considera espécies de peixes que só são encontradas em outras regiões do Brasil o que acaba inflando o número de espécies encontradas no rio Xingu. Outro ponto que se levanta é em relação ao patrimônio arqueológico que em todos os casos analisados sofrem de ausência de ações mitigatórias e deficiências na metodologia usada. Posto isso, podemos pontuar que apesar da natureza, localidade e dimensão diferente os casos analisados apresentam características semelhantes no tratamento da sociedade e ambiente que excluem e negligenciam impactos visando a redução de possíveis custos de mitigação e facilitação na obtenção das licenças necessárias para a instalação e operação dos empreendimentos. |