Modos de leitura de Operación Masacre: ficção e autofiguração autoral em perspectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Patrocínio, Ana Paula Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-07122018-094828/
Resumo: Este trabalho se propõe a analisar os modos de leitura de Operación Masacre (1957), de Rodolfo Walsh (1927-1977), e de seus textos prévios publicadas no jornal Revolución Nacional, nos dias 15 de janeiro e 29 de janeiro de 1957. A dissertação analisa as formas como foram lidas as antecipações do livro (em geral como denúncias, notícias e reportagens), concluindo que as nomenclaturas utilizadas não fazem jus às técnicas (fundamentalmente ficcionais) e aos procedimentos manipulados por Walsh nesse jornal. Quanto ao livro, a dissertação demonstra como a crítica acadêmica o considerou basicamente como Testemunho (Rama, 1976; Piglia, 1987; Viñas, 1996) e/ou como Não-ficção (Sánchez, 1992; Bocchino, 2004; 2007). A partir dessas leituras, a dissertação estuda como o gênero Não-ficção usa-se de técnicas do Realismo, enquanto o Testemunho rechaça tais técnicas em nome do caráter irrepresentável da experiência traumática. Diante de tais considerações, a dissertação compara as estratégias de Walsh para retratar as cenas de violência com as de outras obras dos gêneros Testemunho e Não-ficção. Assim, mediante as análises das técnicas de cada gênero, o trabalho conclui que, igualmente ao que acontecia nos textos prévios publicados no jornal, Walsh compõe a narrativa do livro por meio de técnicas ficcionais, sobretudo a autofiguração autoral, que constitui o principal assentamento de sua verossimilhança.