Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Gabriela Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-28092016-160054/
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Resumo: |
A diversidade da Mata Atlântica está constantemente ameaçada devido à perda de habitats provocada pela destruição e alteração dos ambientes naturais. Este fato é muito preocupante, pois os remanescentes florestais da Mata Atlântica encontram-se, em sua maior parte, em pequenos fragmentos altamente perturbados, acarretando em perda de biodiversidade da fauna existente. Muitos estudos demonstraram que mamíferos e aves especialistas (e. g. insetívoros) são muito sensíveis à fragmentação ambiental, tendendo a desaparecer em áreas abertas. A perda destes animais pode alterar a densidade de artrópodes e as taxas de herbivoria, ocasionando um efeito cascata (top- down), que causará influência até na decomposição e ciclagem de nutrientes. Entretanto o estudo de como esse efeito top-down ocorre em diferentes coberturas de solo ainda não foi testado, desta forma, objetivou-se investigar como as taxas de decomposição são modificadas pela exclusão experimental de vertebrados em áreas com diferentes coberturas vegetais na mata Atlântica. Parcelas de exclusão de vertebrados e parcelas controle foram alocadas em áreas com coberturas vegetais de pastagem e floresta, para verificar como ocorre o efeito top-down na decomposição. Utilizaram-se três tipos de serapilheira diferentes, uma gramínea (Brachiaria decumbens), uma espécie pioneira (Tibouchina sellowiana) e uma mistura de folhas de diferentes espécies da floresta primária adjacente. A técnica dos litter bags foi utilizada para avaliar as diferentes taxas de decomposição e foram coletados em intervalos de 16, 36, 71, 181 e 247 dias. O resíduo vegetal foi limpo, seco e pesado para obtenção das massas remanescentes (%) e taxa de decomposição, após isso o material foi triturado e pesado em subamostras para analises de nutrientes e compostos orgânicos (nitrogênio, carbono, fósforo, lignina, celulose e polifenóis). A taxa de decomposição não diferiu entre os tratamentos controle e exclusão de vertebrados, desta forma, não foi possível observar o efeito top-down da exclusão de vertebrados neste estudo, provavelmente devido à elevada biodiversidade da fauna do solo na área onde o experimento foi realizado e sugere-se repeti-lo em uma área menor e mais desconectada, com a finalidade de simular como o efeito cascata ocorre em pequenos fragmentos da mata Atlântica. Além disso, a decomposição foi mais rápida nos litter bags localizados na floresta do que na pastagem e as folhas de gramínea tiveram maior perda de massa do que as folhas de floresta primária e T. sellowiana, possivelmente devido às interações entre nitrogênio, lignina e a relação C:N dos resíduos vegetais. |