Conhecimentos e significados atribuídos à dor pediátrica na perspectiva de estudantes de enfermagem e de enfermeiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Ellen Maria Reimberg da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-06112014-153956/
Resumo: A dor está presente na vida de crianças que passam pelo processo de hospitalização e, embora existam meios para o seu tratamento, muitas continuam vivenciando-a desnecessariamente. O enfermeiro por estar em contato direto com esses pacientes, deve realizar a avaliação e estabelecer tratamentos adequados, compreendendo o fenômeno doloroso em suas múltiplas dimensões, pessoais, culturais e sociais. Diante disso, os objetivos deste estudo são identificar os conhecimentos dos estudantes de enfermagem e dos enfermeiros sobre o manejo da dor pediátrica e os significados atribuídos à dor pediátrica por esses estudantes e enfermeiros à luz do referencial teórico do Social Communication Model of Pain, que explora as características dos pacientes em situações de dor, junto com os indivíduos que os assistem. A abordagem metodológica qualitativa foi adotada e a Análise Temática Híbrida foi utilizada como referencial metodológico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis estudantes da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) que estavam realizando o estágio curricular no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HUUSP) nas seguintes áreas: unidade de internação pediátrica, pronto socorro pediátrico e berçário, e com seis enfermeiras egressas dessa Escola, que trabalhavam em instituições nas áreas de neonatologia e pediatria. A análise dos dados permitiu a identificação de três temas e nove sub-temas: Experiência de dor: subjetividade, sentimentos e prejuízos; Avaliação do cuidado: capacitação, conhecimento e escuta; e Conhecimento sobre a dor: conteúdo, interesse pelo tema e busca pelo conhecimento. Os resultados possibilitaram uma compreensão ampliada da experiência dolorosa, revelando questões importantes quanto ao caráter subjetivo e individual da dor, além de destacar as alterações e prejuízos na rotina dos indivíduos que a sentem. Quanto ao cuidado realizado pelos enfermeiros diante da avaliação e do manejo da dor, evidenciou-se a necessidade de oferecer-lhes capacitação, haver comprometimento no manejo da dor da criança e, sobretudo, ouvir seus próprios relatos acerca da experiência dolorosa. Quanto aos conhecimentos relacionados ao ensino do tema, a formação do enfermeiro quanto ao manejo e avaliação da dor pediátrica está relacionada com os conteúdos transmitidos durante o curso de graduação, com a importância atribuída ao tema pelos docentes e pela própria constituição da grade curricular.