Crenças da equipe de enfermagem sobre a amamentação como intervenção não farmacológica no alívio da dor em neonatos e em lactentes durante a imunização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Isadora Trinquinato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-13012022-143943/
Resumo: Introdução: A dor em recém-nascidos e lactentes merece atenção especial pelos profissionais de enfermagem, uma vez que provoca consequências neurológicas e psicológicas a curto e longo prazo. Existem intervenções não-farmacológicas para o alívio da dor que podem ser oferecidas, como por exemplo, a amamentação durante o procedimento da vacina, considerada o melhor método para alívio da dor. No entanto, na literatura e na prática, observamos que os profissionais apresentam dificuldades para facilitar a amamentação. Diante dessa realidade, nos indagamos: por que o profissional, mesmo informado, não utiliza a amamentação durante a vacina como método de alívio da dor? Nesse sentido, este estudo tem como pergunta: Quais as crenças da equipe de enfermagem das Unidades Básicas de Saúde (UBS) sobre a utilização da amamentação, como forma de intervenção não farmacológica no alívio da dor de recém-nascidos e lactentes, durante a imunização? Objetivos: Descrever e compreender as crenças da equipe de enfermagem sobre a amamentação como forma de intervenção não farmacológica no alívio da dor em neonatos e em lactentes durante a imunização nas UBS.Metodologia: Estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa realizado em três UBS de Jundiaí (SP). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com profissionais da saúde e a análise dos dados apoiada no referencial metodológico Análise Temática e na abordagem Teórica do Modelo de Crenças (Illness Beliefs Model - IBM). Resultados: Os dados foram organizados em três temas e nove subtemas. 1. Crenças dos profissionais de saúde; 2. Conhecimento dos profissionais de saúde e 3. Ações dos profissionais de saúde. O tema 1 identificou as falas que englobam as crenças e as percepções dos profissionais em relação ao lactente, à sua dor e à família, desde o acolhimento na UBS até sua saída, assim como crenças pessoais dos profissionais sobre outros aspectos que podem influenciar ou não na amamentação durante a vacina como método de alívio da dor. No tema 2, os profissionais de saúde demonstraram apresentar conhecimento sobre métodos gerais de alívio da dor do lactente durante a aplicação das vacinas, dentre estes a amamentação ou outros possíveis métodos. No tema 3 estão inseridos os relatos sobre as ações que os profissionais adotam ou deixam de adotar em relação à dor do lactente durante a aplicação da vacina e o que estes consideram que são ações que promovem o alívio da dor. Conclusão: Foi possível concluir que, mesmo após evidências científicas recentes comprovando que a amamentação é o método mais eficaz para o alívio da dor durante a vacinação, lactentes ainda continuam sentindo dor devido às práticas de manejo inadequadas dos profissionais, que, por muitas vezes, têm ciência da evidência científica, mas suas crenças limitantes mostraram se sobressair à evidência, levando-os a não incentivar a mãe amamentar durante a aplicação da vacina.