Estudo dos traços histéricos de personalidade em pacientes portadores de crises não-epiléticas psicogênicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Guater, Elaine Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-05052010-124002/
Resumo: A crise não-epilética psicogênica é definida como uma manifestação corporal semelhante àquela das crises epiléticas, porém sem um correlato neurológico que justifique a sua ocorrência. Sua etiologia é atribuída a fatores psicológicos, entretanto as questões subjetivas que estão na origem dos sintomas são pouco estudadas. Esta pesquisa tem por objetivo investigar os traços histéricos da personalidade em dois pacientes encaminhados para psicoterapia de orientação psicanalítica após receberem esse diagnóstico médico, além de analisar os conteúdos afetivos latentes que se relacionam às manifestações sintomáticas nos casos estudados. O material coletado durante o atendimento prestado a esses pacientes se constituiu como registro e fonte de informação, por meio do qual os elementos relativos à personalidade histérica e mecanismos inconscientes que engendram os sintomas são descritos e estudados. Este trabalho tem por referencial a psicanálise e o estudo dos casos foi realizado considerando seus pressupostos conceituais sobre sintoma, conflito, conversão e histeria. O material obtido durante o curso das sessões evidenciou elementos como erotização do espaço analítico, constante reivindicação para ocupar o lugar de objeto de desejo alheio, além da recusa em abandonar a posição de insatisfação e buscar um estado de contentamento. Também foi observado um investimento em fantasias infantis, nas quais há o desejo inconsciente de união exclusiva com as figuras parentais.