Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sana, Tânia Cristina Vargas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-06012017-134128/
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Resumo: |
Neste trabalho o objetivo foi analisar um estudo sobre a percepção de estudantes do 2o e do 3o ano do Ensino Médio quanto à representação submicroscópica de processos de mudança de estado físico da matéria, pois, em minha carreira docente, sempre percebi grande dificuldade dos alunos nas correlações entre o universo químico macro para o submicro. Foi utilizada uma metodologia qualitativa, com a participação de 32 alunos de um colégio particular da cidade de São Paulo, SP. A sequência das atividades desenvolvidas iniciou-se pela leitura de um texto sobre propriedades da matéria, seguindo-se uma aula experimental sobre pontos de fusão e ebulição de substâncias puras e misturas. Após discussões em pequenos grupos e, subsequentemente, com uma exposição dos resultados com a sala em geral, foi proposto que os estudantes elaborassem imagens que representassem sua compreensão acerca do fenômeno de mudança de estado físico no nível submicroscópico. Após um encontro com discussões sobre as imagens produzidas nas cartolinas, elaborou-se um recurso audiovisual por grupo sobre processo de fusão e/ou ebulição. Para um entendimento mais preciso dos modelos produzidos foram feitas entrevistas com os grupos, tanto pós-produção das imagens da cartolina como também do recurso audiovisual. Foram elaboradas categorias das imagens, fornecendo indícios analíticos comparativos nas diferentes fases das atividades executadas, do que se pôde inferir que, a princípio, houve dificuldade, por parte dos estudantes, em expor seus modelos, e as explicações referentes ao domínio submicro no início do processo, além de simples, apresentavam erros conceituais, tais como a posição espacial das partículas ou a indistinção entre substância e mistura. Ao final do processo, pós-produção do recurso audiovisual, identificou-se uma evolução positiva considerável dos modelos expressos, por apresentarem características mais consistentes cientificamente, como também o discurso dos estudantes tornou-se mais coerente e seguro. Percebemos a importância de criar oportunidades frequentes para que os estudantes construam modelos sobre fenômenos, com diferentes formas de representação, sendo o processo apoiado por discussão, pois, além do fato de essa prática favorecer a percepção de suas dificuldades conceituais, isso os ajuda a selecionar e a organizar suas informações, contribuindo para que desenvolvam concepções escolares, acerca do assunto estudado, mais próximas daquelas aceitas pela comunidade científica. Também pudemos constatar que a diversidade de linguagens se faz necessária no ensino de Química, pois, para se atingir maior audiência, há a obrigatoriedade de diferentes formas de expressão do mesmo contexto, o que chamamos de multimodalidade. Concluímos que esse sistema de aprendizagem multimodal é importante, pois, com o uso de diversas formas de abordagem, por meio de diferentes ferramentas (textos, experimento, imagens, discussão), conseguimos não só alcançar maior interesse de grande parte dos estudantes, mas que eles fossem participantes ativos e críticos, fazendo parte da construção do seu conhecimento, ao invés de serem simples ouvintes que absorvem informações. |