O ensino da escrita em inglês em um curso de idiomas: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Daniela Cleusa de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-01102021-203630/
Resumo: A escrita tem se tornado cada vez mais necessária, devido sua demanda nas esferas profissional e acadêmica (WARSCHAUER, 2000; WINGATE; TRIBBLE, 2011). Pesquisas indicam que 87% dos brasileiros entendem que as habilidades orais e auditivas devam ser priorizadas nas aulas de Inglês (BRITISH COUNCIL, 2014). Nosso estudo de caso investiga o ensino da escrita em Inglês no nível avançado de uma escola de idiomas. Para isso, foram analisados o livro didático e a prática pedagógica na etapa final do curso oferecido pela instituição participante, para identificar qual é a concepção de língua e de seu ensino, e a concepção de ensino-aprendizagem de escrita explicitadas no livro didático nos momentos em que a professora participante trabalha com a habilidade escrita e no contexto escolar. O estudo buscou averiguar a quais teorias preestabelecidas as práticas declaradas e observadas se aproximavam mais. Para isso, a investigação baseou-se nos pressupostos Estruturalista (SAUSSURE, 1969), Cognitivista (CHOMSKY, 2006), e na perspectiva de Língua como Instrumento Ideológico (BAKHTIN; VOLOCHÍNOV 1988, BAKHTIN, 2006). Para tratar da instrução da escrita, apoiamo-nos na abordagem com foco no produto (BADGER; WHITE, 2000; ZAMEL, 1976) na abordagem com foco no processo (ELBOW, 1981; FLOWER; HAYES, 1981; HYLAND), na abordagem social para a instrução da escrita (SWALES, 1990; 2006; HYLAND, 2007), nas propostas dos letramentos acadêmicos (LEA; STREET; 2006;WINGATE; TRIBBLE, 2012) e do Inglês para Propósito Acadêmico (SWALES; 2004; FERREIRA, 2007). Inicialmente, foi realizada uma análise qualitativa do manual do professor e da seção de escrita, e uma análise quantitativa dos exercícios que faziam uso da habilidade escrita. Posteriormente, as aulas de instrução da escrita e os sites da Editora, da Franquia à qual a escola pertencia e da escola foram analisados em busca de palavras-chaves que apontassem para algumas das teorias de concepção de língua e de escrita. Por fim, o gestor e a professora foram entrevistados, visando confirmar os achados da pesquisa. Averiguou-se que os exercícios do LD e suas instruções metodológicas remetiam a um ensino estrutural de línguas e a prática de escrita com foco no produto final. Essas mesmas concepções de ensino e aprendizagem de língua e escrita se estendem à prática da professora participante e às colocações do gestor em relação à instituição. Os dados apontam para a necessidade de se pensar sobre a importância do estudo da escrita em inglês no Brasil e seu ensino, devido sua importância no cenário global. A escrita se torna crucial devido a necessidade de seu domínio nas áreas profissional e acadêmica. Nesse sentido, não prover um ensino de qualidade pode significar a negação de participação global (BRANDT, 2018) e de desenvolvimento financeiro da população brasileira.