Estrutura social e taxa de crescimento das colônias de Linepithema humile Mayr (Hymenoptera: Formicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Fleig, Eduardo Diehl
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20181127-162146/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivos avaliar o comportamento agonístico entre operárias de ninhos distintos de Linepithema humile Mayr, determinar o período de produção de sexuados e a proporção sexual, estimar a variação do tamanho da população intranidal no verão e no inverno, e investigar a biologia reprodutiva, em especial, a taxa de crescimento de pequenas colônias. Para tal, coletaram-se em campo 26 ninhos de L. humile no município de Limeira, SP, transferidos para laboratório e mantidos em condições experimentais. Avaliaram-se os níveis de agressividade em pares de operárias de ninhos distintos (n = 11) em três tempos ao longo de um ano após as coletas. Avaliou-se a população intranidal através da contagem de todos os indivíduos de dez ninhos (cinco por estação). Estimou-se a taxa de crescimento para diferentes tamanhos de propágulos (10, 50, 100, 150, 200 e 500 operárias). A população de Limeira apresentou estrutura social unicolonial, com ausência de agressividade entre operárias de ninhos distintos. As operárias de L. humile foram altamente agressivas em relação a operárias de uma população proveniente do município de São Paulo. A produção de sexuados ocorreu durante o verão, com investimento sexual a favor das fêmeas (2,4 : 1). No inverno, encontrou-se um número de operárias cerca da metade do registrado no verão. O tamanho inicial dos propágulos influenciou positivamente a produção de prole total e, negativamente, a produção de prole |per capita. A taxa de crescimento per capita não variou entre os tamanhos de propágulos iniciais testados. A redução do número de operárias poderia ser decorrente de condições abióticas durante o inverno, especialmente da baixa umidade e precipitação. Algumas hipóteses são levantadas para explicar a proporção sexual a favor das fêmeas encontrada. Finalmente, destaca-se que este é o primeiro registro da existência da estrutura social unicolonial em uma população de L. humile no Brasil.