Avaliação da viabilidade financeira do banco do sangue de cordão umbilical do Hemocentro de Ribeirão Preto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zanelli, Ana Paula Rocha Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-07062017-132339/
Resumo: Introdução. As células progenitoras hematopoéticas (CPH) têm sido utilizadas no tratamento de algumas doenças malignas hematológicas e de desordens hematopoéticas. Dentre estas células estão as CPHs provenientes de cordão umbilical e placentário (SCUP). Para coleta e armazenamento destas células foram criados os Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP). No Brasil existe a rede BrasilCord e o BSCUP do Hemocentro de Ribeirão Preto é um dos que compõem esta rede. Objetivo. Avaliar a viabilidade financeira de um banco de sangue de cordão umbilical e placentário público comparando os custos de seus procedimentos com os valores ressarcidos definidos pela tabela SUS. Metodologia: Este estudo utilizou a metodologia de Custeio Baseado em Atividades (Activity-Based Costing - ABC), que procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos utilizando direcionadores de custos. Foram avaliados os custos diretos e indiretos da coleta, transporte, processamento, testagem e criopreservação de CPH proveniente de SCUP no primeiro semestre de 2015. Para os custos indiretos foram definidos os direcionadores de custo. Resultados Os resultados mostram que o BSCUP do Hemocentro de Ribeirão Preto foi deficitário no primeiro semestre de 2015. O déficit apurado por unidade foi de R$1.155,69 para o processamento semiautomatizado e R$1.703,78 para o processamento automatizado. O déficit total no período foi de R$ 100.376,50 quando 50 unidades foram processadas utilizando o método semiautomatizado e 25 pelo método automatizado. Conclusão. O valor ressarcido pelo SUS não cobre os gastos do BSCUP do Hemocentro de Ribeirão Preto. Isso pode ser atribuído a várias causas como: sistemática de pagamento pelo SUS apenas pelo produto criopreservado, elevados índices de rejeição das doadoras na maternidade e de descarte das unidades coletadas, embora este último seja menor que o descrito na literatura, e o custo do armazenamento em longo prazo. Os custos do BSCUP são menores que os descritos na literatura e poderiam ser reduzidos com melhorias de processos de gestão e aumento do número de unidades criopreservadas, bem como, por meio de descentralização de coletas para processamento centralizado.