Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bacchi, Matheus Demambre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-22072019-163534/
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Resumo: |
A cadeia produtiva do leite possui grande importância para a economia brasileira, gera empregos, renda e, em muitos locais, ainda mantém sua função social, em razão da produção familiar. No entanto, a produção se dá de forma heterogênea no território do país, tanto na diferença entre o volume produzido pelas diversas regiões, como no modo de produção utilizado. Nesse contexto, este estudo tem por objetivo verificar a distribuição espacial e caracterizar a produção de leite bovino nas microrregiões e nos municípios brasileiros. Para isso, inicialmente foi realizada uma análise descritiva do panorama da produção leiteira no país, e no cenário internacional, além da identificação das microrregiões brasileiras especializadas na produção, por meio do Quociente Locacional (QL). Posteriormente, foi utilizado um método proveniente da Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), o I de Moran, para medir a autocorrelação espacial das respectivas microrregiões. Por fim, foi utilizada uma Análise de Componentes Principais (ACP), para verificar as relações entre um conjunto de variáveis relevantes para a produção de leite. Entre os resultados encontrados, a partir do QL, foi identificado queda no número de microrregiões especializadas na produção de leite entre 2000 e 2016, sendo que a maioria estava concentrada nos estados de Minas Gerais, Goiás e na região Sul. Nos anos recentes, houve uma tendência de concentração da produção em bacias produtoras, com aumento da participação da região Sul, e também da produtividade em todas as regiões. Por meio do I de Moran Global, verificou-se a presença de coeficientes angulares positivos, indicando autocorrelação espacial positiva em todos os casos. Pelo I de Moran Local, constatou-se a formação dos clusters Alto-Alto nas regiões mais produtivas do país, sendo elas Sul e Sudeste e a formação de clusters Baixo-Baixo nas regiões com as menores produtividades, sobretudo Norte e Nordeste. Por fim, por meio da ACP foram formados dois componentes que juntos explicaram 50,2% da variabilidade dos dados. O primeiro componente agregou variáveis mais relacionadas com a produção de leite em volume, enquanto que o segundo componente se relacionou mais com variáveis inerentes a produtividade. Desse modo, foi possível verificar o crescimento recente da produção e da produtividade de leite no país, bem como sua heterogeneidade. No entanto, há desafios a serem enfrentados, para que seja atingido um melhor nível de produtividade. |