Etiologia da cercosporiose do caquizeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alves, Renan Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-16092019-085722/
Resumo: A cercosporiose é a principal doença foliar do caquizeiro no Brasil. A doença está distribuída entre as principais regiões produtoras do país e é responsável pela queda precoce das folhas e maturação antecipada dos frutos. Informações referentes a este patossistema são escassas na literatura. O objetivo deste trabalho foi (I) desenvolver e validar uma escala diagramática para avaliar a severidade da cercosporiose; (II) caracterizar isolados obtidos de folhas de caquizeiros com sintomas de cercosporiose de diferentes regiões do Brasil através de análises filogenéticas, morfologia e testes de patogenicidade; e (III) estudar os processos infecção e colonização de isolado patogênico causador de cercosporiose em folhas de caquizeiro. A escala diagramática desenvolvida compreende seis diagramas com severidade variando entre 0,5 e 17,3%. O uso da escala diagramática melhorou a acurácia, precisão, concordância e reprodutibilidade das estimativas conduzidas por 10 avaliadores, mostrando-se, portanto, eficiente para avaliação de cercosporiose de caquizeiros. Para a caracterização de 37 isolados obtidos em folhas de caquizeiros com cercosporiose, coletadas nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, foram analisadas as sequências do espaçador interno transcrito (ITS), actina (ACT) e fator de elongação 1-α (TEF). Alta diversidade genética foi observada entre os isolados coletados. A rede de haplótipos gerada a partir da análise dos três genes de forma concatenada resultou na formação de 10 haplótipos. As colônias apresentaram coloração predominantemente esverdeada, topografia levantada com bordos inteiro, ausência de esporos e crescimento lento. Quanto ao processo de infecção, a penetração do patógeno ocorreu através dos estômatos, mas não foi observado tropismo positivo em direção aos estômatos. No processo de colonização dos tecidos foliares, compostos fenólicos foram acumulados no tecido infectado, porém não foram capazes de conter o processo de colonização. Os testes histoquímicos também revelaram o acúmulo de pectina nas células da extensão da bainha foliar e a presença de compostos lipofílicos nas áreas lesionadas. Foram observadas vesículas nos espaços intercelulares em regiões com a presença de hifas do patógeno, que possivelmente estão envolvidas na degradação da parede celular do hospedeiro.