Relações densidade populacional Meloidogyne javanica e Heterodera glycines (Nemata:Tylenchoidea), a área foliar, a fotossíntese e os danos causados a variedades de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Asmus, Guilherme Lafourcade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-142837/
Resumo: Os efeitos de Meloidogyne javanica ou de Heterodera glycines sobre a fotossíntese, a área foliar e a produção de soja foram estudados em 4 experimentos, dois para cada patossistema, desenvolvidos em casa de vegetação. No caso de M. javanica,foram utilizadas as variedades Embrapa 133 e Coodetec 201, tidas como suscetível e tolerante, respectivamente, e no de H. glycines, Embrapa 133 e Pintado, respectivamente suscetível e resistente. A soja foi semeada em uma mistura de solo + areia, desinfestada com brometo de metila e contida em copos de plástico com capacidade de 200 mL. Cinco a oito dias após a semeadura, foi feito o desbate, deixando-se uma planta por copo e, no dia seguinte, foi realizada a inoculação de cada planta com 0, 1200, 3600, 10800, 32400 ou 97200 J2 de M. javanica ou <H. glycines. Após 5 dias, as plantas inoculadas foram transplantadas para vasos de argila, contendo o mesmo substrato. Na primeira repetição de cada experimento, conduzida até 48-49 dias após a inoculação, de modo a permitir que apenas um ciclo biológico dos nematóides (monociclo) fosse completado, foram utilizados vasos com capacidade para 1,5 litros, e, na segunda, conduzida até o final do ciclo de cultura, vasos de 5,0 litros. Aproximadamente a cada 10 dias após a inoculação, foram tomadas medidas da taxa fotossintética, condutância estomática fluorescência da clorofila &#945;,cor das folhas, teor de clorofila e área foliar. Ao final dos experimentos, foram determinadas a massa fresca do sistema radicular, a massa seca total área (de grãos, inclusive, nos experimentos de mais longa duração) e a capacidade reprodutiva dos nematóides, esta última com base no número de ovos por grama de raiz e no fator de reprodução. Os tratamentos foram dispostos em blocos ao acaso, com 10 repetições, num esquema fatorial 2 x 6 (variedades x níveis de inóculo). A taxa fotossisintética, a condutância estomática, a fluorescência de clorofila &#945;, a cor das folhas e teor de clorofila foliar, foram pouco unfluenciadas por M. javanica, nas duas variedades testadas. Por outro lado, na variedade suscetível, o parasitismo por H. glycines causou claras reduções da taxa fotossintética e do teor de clorofila foliar, bem como o amarelecimento das folhas. Ambas as espécies de nematóides causaram uma expressiva redução na área foliar, na massa fresca das raízes e na produção de massa seca total da parte aérea e de grãos de soja. No caso de M. javanica, esses efeitos foram mais evidentes nas maiores densidades populacionais iniciais e foram verificados nas duas variedades. Em se tratando de H. glycines, no entanto, mesmo na menor densidade populacional os efeitos sobre a produção foram drásticos. No experimento de curta duração, mesmo a variedade resistente Pintado evidenciou, sob os mais altos níveis de população inicial, pequenas reduções da área foliar, da massa fresca de raízes e da produção de massa seca da parte aérea. A produção de soja, parasitada tanto por M. javanica como H. glycines, apresentou alta correlação com a integral da área foliar, ficando a indicação de inclusão dessa variável em modelos de previsão de danos que levem em consideração a fisiologia de produção de plantas doentes.