Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Zanini, Lívia Anicet |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-05012017-103650/
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Resumo: |
Quais as concepções e discursos que se apresentam nas instituições educativas a respeito da adoção? Como se articulam, nas práticas realizadas, o trabalho entre as instituições educativas e a família? Como os materiais didáticos trazem estas ideias? Levando em conta as mudanças legislativas em torno da adoção (Lei nº 12.010, 2009), bem como as discussões a respeito das ideias de família, esta pesquisa teve como objetivo estudar e conhecer diferentes discursos e ações presentes em instituições educativas em relação ao tema adoção. Buscamos os desafios que o tema adoção traz para o ambiente escolar, bem como as práticas e invenções que pode produzir. Como metodologia de trabalho, realizamos entrevistas semi-estruturadas com profissionais de duas escolas particulares e duas escolas públicas de uma cidade do interior paulista. Também participamos de alguns encontros dos Grupos de Apoio à Adoção, bem como realizamos entrevistas com algumas de suas membras, muitas das quais possuíam famílias constituídas pela adoção. Inspirados na pesquisa-intervenção e nos autores que desenvolvem o modo de pensar cartográfico, ao analisar as entrevistas procuramos processos, movimentos, além dos conteúdos. Desta maneira, as falas das entrevistadas e os encontros dos quais participamos foram utilizados como cenas disparadoras de problematizações e questionamentos a respeito do tema adoção na escola. Discutimos que o trabalho de preparação dos pretendentes à adoção, previsto como obrigatório na legislação atual, procura fortalecer as novas relações instituídas nas famílias adotivas, bem como evitar situações de devolução. Nesse sentido, pensamos a respeito de maneiras de escrever e orientar famílias, problematizando situações em que podemos reforçar preconceitos com relação à adoção, quando nossa intenção inicial era enfraquece-los. Analisamos elementos constituintes das normas de família que possuímos e a forma como essas aparecem em instituições educativas. De maneira geral, percebemos que a adoção não se configura nas falas das profissionais entrevistadas como justificativa frequente para eventuais problemas de aprendizagem e/ou comportamento, mas a forma como a família lida com a ideia de adoção sim. Entramos em contato com projetos que procuram fortalecer o tema da diversidade com as crianças e adolescentes nas escolas. A adoção foi associada como mais uma forma de se trabalhar diferentes configurações familiares e maneiras de se relacionar. Também percebemos mudanças nos trabalhos escolares em datas comemorativas e no uso de materiais didáticos, procurando se adequar às diferentes configurações familiares que seus alunos possuem. Problematizamos a ação do psicólogo nas instituições formativas e com as famílias, destacando a importância do questionamento constante a respeito do que estamos fortalecendo em nossas intervenções |