Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Couto, Ricardo David |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-01092017-104216/
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Resumo: |
A doença arterial coronária (DAC) tem sido a maior causa de morte por doenças nos paises ocidentais. Existem vários fatores responsáveis pela iniciação e progressão desta doença - fatores ambiental ou genético. Muitos fatores de risco para a DAC estão relacionados a alterações do metabolismo lipídico, como acúmulo de lipoproteína de baixa densidade (LDL) no plasma seguida da deposição da lipoproteína na parede arterial. Recentemente, foi demonstrado que uma emulsão rica em colesterol que se assemelha a composição lipídica da LDL liga-se aos receptores que captam a lipopoteína da circulação e internalizam-na no citoplasma. A emulsão, denominada LDE, é feita sem proteína mas quando injetada na circulação sangüínea adquire várias apolipoproteínas (apo) como apo E que pode ser reconhecida pelo receptor de LDL. A apo E tem mais afinidade pelo receptor do que a apo B, a apo que liga a LDL nativa ao receptor. No presente estudo, para esclarecer o processo metabólico que a LDL enfrenta no plasma e o processo de captação da lipoproteína pelos vasos, a LDE marcada com colesterol livre-3H (CL) e oleato de colesterol-14C (CE) foi injetada em 10 pacientes portadores de DAC (57 ± 2,2 anos) submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Amostras de sangue foram coletadas em intervalos de tempo pré-determinados. A radioatividade presente nas alíquotas de plasma foi determinada por cintilação líquida e a taxa fracionai de remoção (TFR) calculada por análise compartimental. Os fragmentos dos enxertos de aorta, artérias radial e torácica interna, veia safena e pericárdio removidos durante o procedimento cirúrgico foram coletados para extração lipídica, separação por cromatografia de camada delgada e quantificação radioativa. A remoção plasmática do CE da LDE foi similar a do CL da LDE (0,0617 ± 0,0087 vs 0,0528 ± 0,0123, p = 0,5635, respectivamente). A captação do CL da LDE foi maior do que a do CE da LDE na aorta (21% vs 3,1%, p = 0,0049), artéria torácica interna (10,3% vs 2%, p = 0,0007) e veia safena (8% vs 2%, p = 0,0326). Nos fragmentos de artéria radial (14,4% vs 4,3%) e de pericardio (2,2% vs 0,3%), a captação do CL tendeu ser maior do que a captação do CE, porém não foi estatisticamente confirmado. A taxa de esterificação foi maior nos fragmentos de aorta, de toráxica interna e de pericárdio do que nos fragmentos de veia safena (p < 0,001). Concluindo, a LDE foi captada pelos vasos e pericardio em quantidades concideráveis e a captação do CL pelos tecidos foi maior do que a do CE. Ainda, a taxa de esterificação do colesterol livre foi mais intensa nos fragmentos de aorta e torácica interna do que nos fragments de veia safena. |