Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Godoy, Clayton Peron Franco de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-31102013-113021/
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Resumo: |
A tese tem como objetivo investigar a dinâmica de formação do ativismo anarquista na cidade de São Paulo entre os anos de 1892 e 1908, relacionando-a com certas dimensões transnacionais do mesmo. Caracterizando o anarquismo como um movimento social, utiliza o instrumental sociológico com a finalidade de captar a articulação entre sua ação pública como desafiante frente ao regime e ao campo econômico emergentes e a sua atuação submersa junto às classes populares. Com isso, pretende demonstrar que o anarquismo foi simultaneamente um dos atores responsáveis pela atualização do repertório de confronto político na nascente República e um personagem importante na construção de uma cultura autônoma e de resistência entre as classes populares. O argumento central da pesquisa é o de que a compreensão da sustentação e das opções estratégicas do movimento anarquista em São Paulo ao longo desse período só é plenamente apreendida quando se lança luz, simultaneamente, sobre o contexto político e social e sobre as ligações entre os grupos locais e o anarquismo transnacional. A formação do movimento foi dividida em três períodos. Entre os anos de 1892 e 1897, no contexto de construção do regime republicano, os ativistas participaram da montagem do campo socialista como referência política, estabeleceram seus quadros interpretativos e foram reconhecidos como atores sociopolíticos por aliados e opositores. Entre 1898 e 1903, na conjuntura de consolidação do regime republicano, os anarquistas obtiveram êxito na constituição de estruturas de mobilização, no estabelecimento de uma cultura libertária e na conservação de sua identidade coletiva. Finalmente, entre 1904 e 1908, no contexto de pressão popular sobre o regime republicano e o campo econômico, os grupos anarquistas instituíram decisivamente suas orientações estratégicas. O movimento diversificou-se internamente sem desmantelar sua identidade coletiva. Seus grupos estabeleceram uma especialização do trabalho do ativismo, mas seguiram norteados por quadros interpretativos comuns e mantiveram coordenadas suas ações nas dimensões visível e latente do movimento. |