Rigidez de preços no Brasil: evidências microeconômicas e impactos macroeconômicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Debora Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-07052021-190656/
Resumo: O principal objetivo desta dissertação é calibrar modelos multissetoriais de Custo de Menu com insumos intermediários às evidências brasileiras e estimar o grau de não neutralidade da moeda gerado pela rigidez de preços. O modelo utilizado foi proposto por Nakamura e Steinsson (2010). Para melhor dimensionar a não neutralidade monetária gerada por estes modelos, será estimado o modelo VAR inspirado em Shapiro e Watson (1988), que mensura a porcentagem da variação do produto real devida aos choques nominais. Desse modo, será possível comparar os resultados do presente trabalho, que dimensionam a não neutralidade gerada pela rigidez de preços, frente a não neutralidade da monetária total gerada pelos choques nominais, mensurada pelo VAR. O período analisado será de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2019. O período de hiperinflação no Brasil não será abrangido por este trabalho, visto o consenso de que não há evidências de rigidez de preços na época frente à alta frequência de reajuste de preços. Os resultados deste trabalho mostram que os modelos multissetoriais estimados explicam até 12,6% das flutuações no produto real. Em outras palavras, 12,6% da variação no produto é devida a rigidez nominal de preços. Os resultados encontrados são consistentes com a estimação de choques nominais nas flutuações de curto prazo do produto, representada pelo modelo VAR. Neste modelo, aproximadamente 15% da variação do produto real é gerada pelos choques nominais. Os resultados mostram que a introdução de heterogeneidade na frequência de mudança de preço triplica o grau de não neutralidade monetária gerado pelo modelo. Em linha com a literatura internacional, os modelos multissetoriais ampliam a não neutralidade monetária em comparação ao modelo unissetorial. Por sua vez, a introdução de insumos intermediários também aumenta o grau de não neutralidade monetária por um fator próximo a três.