Características da injúria renal aguda em pacientes infectados durante o surto de febre amarela na Região Metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Marcia Fernanda Arantes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rim
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-20062023-162609/
Resumo: Existem poucos estudos sobre injúria renal aguda (IRA) em pacientes com febre amarela (FA). O objetivo deste estudo foi identificar os fatores de risco para IRA e óbito nesses pacientes. Para tanto, foram avaliados 95 pacientes adultos gravemente enfermos com a forma silvestre da FA, confirmada pela reação em cadeia da polymerase (PCR) e/ou sorologia, no Brasil. Os desfechos foram IRA (conforme definido pelos critérios Kidney Disease Improving Global Outcomes) e morte intra-hospitalar. Dos 95 pacientes, 73 (76,8%) apresentaram IRA e 59 no total (62,1%) morreram. Setenta pacientes (73,7%) necessitaram de diálise. Ajustando para idade, sexo e SAPS 3 (Simplified Acute Physiology Score 3), foi observado que a fração de excreção de sódio elevada e a necessidade de diálise foram fatores de risco independentes para mortalidade hospitalar e que a proteinúria se correlacionou com a mortalidade quando na presença de IRA. Além disso, entre os pacientes gravemente enfermos com FA, a IRA pode ser atribuída principalmente ao choque, à insuficiência hepática, podendo também estar associada aos efeitos diretos do vírus da FA no tecido renal. Estes achados indicam que, em tais pacientes, a incidência de IRA é alta e que a IRA está associada a um aumento significativo da mortalidade. Este estudo fornece informações para melhor compreensão da patogênese da IRA na FA e pode auxiliar na tomada de decisões sobre o cuidado dos pacientes