Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Antônio, Lígia Rosado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-17062020-145456/
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Resumo: |
A obesidade praticamente dobrou no Brasil nos últimos 30 anos. É considerada uma doença multifatorial, com fatores genéticos, psicológicos e sociais envolvidos em sua origem e desenvolvimento. Do ponto de vista psicológico, não se pode afirmar um sentido unívoco da associação entre dificuldades emocionais e obesidade, ou seja, qual é o elemento que surge primeiro e determina o outro. Além disso, há uma lacuna importante com relação a um entendimento mais profundo da pré-organização da personalidade e dos psicodinamismos inconscientes dos indivíduos obesos, principalmente de adolescentes, que vivem uma etapa decisiva no processo de organização psíquica. Desse modo, o presente estudo buscou compreender os psicodinamismos e a pré-organização de personalidade de adolescentes com quadro de obesidade, a partir de uma perspectiva clínico-qualitativa de investigação científica e fundamentada no referencial teórico psicanalítico. Foram utilizados dois métodos projetivos de avaliação da personalidade: o Psicodiagnóstico de Rorschach e o Teste de Apercepção Temática (TAT), além de entrevista. Participaram da pesquisa sete adolescentes, entre 12 e 14 anos. Como resultado, constatou-se que a maioria dos participantes apresentou préorganização de personalidade do tipo neurótica. Além disso, seus psicodinamismos acompanharam de forma bastante próxima o padrão esperado para a faixa etária da qual fazem parte, a adolescência. Denotaram a possibilidade de um bom desenvolvimento das relações, com interesse pelo vínculo interpessoal. Os mecanismos de defesa variaram entre eles, apesar de a maioria ter utilizado expedientes mais elaborados, de registro neurótico. Todos se mostraram capazes de estabelecer vínculos de natureza total, imagem de si preservada e seus conflitos principais referiram-se ao temor das vivências pulsionais. No entanto, foram observadas algumas características em comum entre eles que podem estar relacionadas ao favorecimento e à manutenção do excesso de peso, como a inibição, a dificuldade de simbolização e de expressão das pulsões. Nesse sentido, eles mostraram ainda manter uma maior submissão na relação com os pais, além de um empobrecimento do investimento no mundo interior. |