Uso de ionóforos na dieta de bovinos de corte: fermentação ruminal e digestibilidade aparente dos nutrientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Paula, Matheus Felipe Freitas Viana de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-17032022-093454/
Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da inclusão de ionóforos sobre a fermentação ruminal de bovinos de corte, com isso, foram desenvolvidos dois experimentos com novilhos nelores. Avaliou-se no experimento I os efeitos da inclusão de narasina sobre fermentação ruminal de novilhos submetidos a dieta com elevado teor de volumoso de qualidades diferentes, avaliando também a digestibilidade total. Foram utilizados 28 novilhos nelore providos de cânula ruminal. O delineamento experimental utilizado foi de blocos completos casualizados em esquema fatorial 2x2. Os tratamentos foram: 1- Pré-secado com 15,3% PB; 2- Pré secado com 8,08% PB; 3- Pré-secado com 15,3% PB + inclusão de narasina (13 mg/kg de matéria seca); 4- Pré-secado com 8,08% PB + inclusão de narasina (13 mg/kg de matéria seca). Todos os animais receberam 50 g de milho moído para cada 5 kg de matéria seca de forragem consumida, que foi fornecido antes da forragem e também serviu como veículo do ionóforo para os tratamentos que o receberam. Observou-se efeito para a qualidade do pré secado sobre os resultados de consumo e digestibilidade dos nutrientes, que ambos se apresentaram superiores para os animais que receberam o pré- secado com 15,3% de PB (P≤0,05), no entanto a inclusão de narasina não afetou nenhuma das variáveis. Já para os resultados referentes aos parâmetros de fermentação ruminal a inclusão de narasina alterou a proporção molar do propiônico e isobutírico, também alterou a relação entre acético/propiônico e acético/butirico/propiônico (P≤0,05). Avaliou-se no Experimento II o uso de fontes comerciais de Monensina Sódica sobre a fermentação ruminal e digestibilidade de bovinos de corte alimentados com dieta contendo elevado teor de concentrado. Foram utilizados 30 novilhos nelore providos de cânula ruminal. Os tratamentos são: 1- Controle (sem adição de aditivos); 2- MON-A (Bovensin 200, Phibro, 25mg/kg MS); 3- MON-B (Rumensin 200, Elanco Animal Health 25mg/kg MS) e a dieta final composta por 92% de concentrado e 8% de volumoso. De acordo com os resultados observa-se que os animais que receberam MON-B apresentaram menor consumo de MS, MO, FDN, FDA, PB, ELg e NDT que o tratamento controle (P≤0,05). Para os resultados referentes aos parâmetros de fermentação ruminal, o tratamento MON-B aumentou a proporção molar do propiônico, e diminuiu a proporção do acético, também diminuiu a relação C2:C3 e C2+C4: C3 (P≤0,05). Ambos os ionóforos avaliados no presente estudo foram eficazes para modulação da fermenteção ruminal. A narasina alterou a proporção molar dos ácidos graxos tornando um processo de fermentação mais eficiente, em ambas as qualidades dos volumosos. A MON-B foi capaz de alterar a proporção molar dos AGCC, quando comparada ao controle, já a MON-A não foi significativa. Ambas moléculas, narasina e monensina, não afetaram a digestibilidade aparente dos nutrientes.