Vias aéreas superiores nas craniossinostoses sindrômicas: análise por tomografia computadorizada e fluido dinâmica computacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garcia-Usó, Michele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-18032020-093824/
Resumo: Objetivos: Estudos sugerem que as dismorfologias das vias aéreas superiores (VAS) nas Craniossinostoses Sindrômicas (CSS) são decorrentes da hipoplasia de terço médio da face e possuem estreita relação com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). O objetivo do presente estudo foi caracterizar a morfo-fisiologia das VAS nos indivíduos com CSS comparados a um grupo controle (CON), por meio de tomografia computadorizada (CT) e fluidodinâmica computacional (CFD). A hipótese inicial foi de que as UAW estão reduzidas e fisiologicamente impactadas nos CSS. Métodos: a amostra foi composta por dois grupos: 1) CON: 19 tomografias de indivíduos sem síndromes ou infecções das VAS (25±7 anos de idade); 2) SCS 10 tomografias de indivíduos com CSS (21±5 anos de idade); O volume (cm3) (V) e área seccional mínima (mm2) (ASm) foram aferidos por meio do software Mimics. As VAS foram divididas em VAS total (VASt), cavidade nasal (CN) e faringe (FAR). A análise cefalométrica foi realizada por meio do software Dolphin. Sete indivíduos de cada grupo foram selecionados, pareados por gênero e idade, para as simulações de CFD. As medidas foram feitas duas vezes pelo mesmo avaliador em dois momentos distintos. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. Resultados: Valores médios de V (±Dp) para os grupos CON e CSS corresponderam a: VASt 34,3±5,9 e 24,5±9,5; CN 17,90±3,0 e 14,1±4,3; FAR 16,4±4,0 e 10,4±5,6 respectivamente. Os valores médios de ASm (±Dp) para os grupos CON e SCC corresponderam a 67,3±54,2 e 28,6±17,1, respectivamente. Dentre os principais resultados cefalométricos observou-se que as dimensões maxilomandibulares estavam significantemente reduzidas em relação ao grupo CON (Co-A (mm) 84,1±5,8 vs. 67,3±11,3; Go-Me (mm) 71,1±6,0 vs. 58,3±9,5; SNA (°) 82,8±3,8 vs. 76,4±8,5). Foi observada uma correlação positiva entre as dimensões maxilomandibulares (Co-A e Go-Me) e V. Na análise por CFD, pressões mais negativas (Pa) foram observadas no grupo CSS (-107,7±63,0) em relação ao grupo Com (-45,6±24,2). Da mesma forma, maiores valores de resistência (Pa/(cm2/min)) ao fluxo inspiratório foram observadas no grupo CSS (-6,8±3,7) em relação ao grupo CON (-2,7±1,7) .2021 Conclusão: As dimensões das VAS dos indivíduos com CSS estão reduzidas em relação à indivíduos não sindrômicos. Esta redução pode ser justificada pela discrepância maxilo-mandibular observada. As dimensões reduzidas impactam negativamente a função das VAS. Infere-se, assim, que esta população está mais predisposta ao desenvolvimento de obstrutiva do sono e desordens relacionadas