Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Graziele Rodriguez Carlos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-11042024-103743/
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Resumo: |
A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa progressiva e incapacitante que afeta principalmente indivíduos com mais de 65 anos, e não tem cura. A morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra compacta e o acúmulo da proteína αsinucleína, são as principais características fisiopatológicas desta doença. O tratamento medicamentoso padrão-ouro da DP é feito com doses orais do precursor de dopamina, a L-DOPA. Apesar do tratamento ser efetivo para o alívio dos sintomas motores, não impede a morte progressiva dos neurônios dopaminérgicos e, a longo prazo, promove efeitos adversos irreversíveis. Dentre os efeitos colaterais decorrentes do uso crônico da L-DOPA, o mais perturbador é a manifestação de movimentos anormais involuntários (AIMs, de \"abnormal involuntary movements\"), chamados conjuntamente de discinesia induzida por L-DOPA (LID, de \"L-DOPA-induced dyskinesia\"). Em humanos, a LID é caracterizada por movimentos aleatórios do tipo coreia e balístico, que acomete os membros superiores, a mandíbula e o tronco, que gera profundo impacto na qualidade de vida do paciente. Uma vez instaurada, a LID volta a aparecer toda vez que o paciente faz uso da droga, no pico de concentração plasmática da L-DOPA. Nosso grupo mostrou em modelos de roedores com DP, que o tratamento crônico com L-DOPA promove resposta neuroinflamatória, com aumento de citocinas, espécies reativas de oxigênio (EROs) e nitrogênio (como óxido nítrico), aumento da expressão de enzimas pró-inflamatórias (como COX-2 e iNOS), além de astrogliose e microgliose. Nesse sentido, os achados parecem ser componentes-chave para o estabelecimento, promoção e, possivelmente, tratamento da discinesia. Sabendo que o lipopolissacarídeo (LPS) é um agonista típico dos receptores Toll-like 4 (TLR4), e a ativação dos receptores TLR4 é importante para o início da resposta imunológica, o presente estudo visa correlacionar a neuroinflamação da LID, exacerbada por LPS, com a cascata de sinalização do TLR4. Utilizamos camundongos C57/BL estimulados com LPS i.p. um dia antes de iniciar o tratamento diário com de L-DOPA (i.p. 25 mg/kg + benserazida 10 mg/kg) por 15 dias. Nesses camundongos observamos significativo aumento dos escores de LID estimulado pelo prétratamento com LPS. Esses resultados indicam que há perspectivas promissoras a se investigar nesta cascata, sendo, todavia, inconclusivos para determinar se a sinalização de TLR4 é determinante ou não da manifestação da LID. |