Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Diego Ferreira Muniz da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-08102012-145835/
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Resumo: |
O ciclo reprodutivo de Spilotes pullatus na região sudeste do Brasil é descrito para machos e fêmeas a partir de análises macroscópicas e microscópicas do aparelho reprodutor e órgãos acessórios envolvidos na reprodução ao longo do ano. Os machos da espécie apresentam o ciclo sazonal com o início da espermatogênese no verão, e durante o outono ocorre a espermiação. Os gametas são estocados ao longo dos ductos deferentes que possuem um formato convoluto. Os testículos entram em regressão e durante o inverno e a primavera apresentam-se inativos. Não é incomum encontrar machos de Spilotes com anomalia gonadal, apresentando uma massa testicular funcional próximo aos testículos. A cópula ocorre durante o inverno, principalmente na metade final da estação, os gametas estocados nos ductos deferentes não são esgotados durante a estação de acasalamento de forma que durante todo o ano os machos possuem espermatozóides estocados nos ductos. Os rins, órgão reprodutor acessório em Squamata, não apresentam variação em tamanho ao longo das estações em nenhum dos sexos, mas mudanças microscópicas ocorrem no néfron dos machos na região do segmento sexual renal, essa estrutura encontra-se hipertrofiada durante a estação de acasalamento. Combate pode ocorrer durante a primavera e os machos tendem a ficar com a porção cranial do corpo na vertical durante o duelo, diferentemente da maioria dos outros colubrídeos que mantém quase todo o corpo na horizontal. Durante o combate os machos podem expor o hemipênis. As fêmeas iniciam a vitelogênese no outono quando os folículos menores do que 10 mm começam a receber depósito de vitelo. O forrageio das fêmeas diminui de acordo com o desenvolvimento folicular. No final do inverno os folículos encontram-se pré-ovulatórios e no oviduto médio observa-se uma hipertrofia das glândulas da casca. As fêmeas parecem apresentar um período de proestro de seis dias e em seguida o estro. Os hemipênes da espécie são únicos, sem nenhum tipo de bifurcação, enquanto que a fêmea possui uma cloaca longa e com bolsas (vaginas) marcadamente bilobadas. Após a cópula, no final do inverno, ocorre a ovulação. Nessa espécie parece haver ovulação reflexa, sendo a cópula o estímulo para que ocorra a ovulação. A primavera é a estação onde as fêmeas encontram-se prenhas e realizam a ovipostura. As fêmeas que não ovularam parecem ter os folículos absorvidos pelo organismo. As caninanas produzem em média oito ovos que 12 podem estar distribuídos igualmente ou não entre os ovários. Os ovos postos na prprimavera são incubados em média por 73 dias e a eclosão ocorre durante o verão. |