Test of Practical Judgment\" (TOP-J): adaptação brasileira em amostra de indivíduos cognitivamente saudáveis, com comprometimento cognitivo leve e demência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Capucho, Patrícia Helena Figueirêdo do Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-23092015-151132/
Resumo: INTRODUÇÃO: Julgamento é a capacidade de tomar decisões após cuidadosa consideração das informações disponíveis, soluções possíveis, resultados prováveis e fatores contextuais. Do ponto de vista neuropsicológico, o conceito de julgamento envolve memória, linguagem, atenção, raciocínio e principalmente funções executivas. Perda de julgamento tem sido descrita em Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e demência. O Test of Practical Judgment (TOP-J) é uma medida originalmente americana, desenvolvida para avaliar o julgamento prático em adultos mais velhos. É um questionário aberto de 15 itens (TOP-J/15) ou de 9 itens (TOP-J/9) no qual os participantes escutam breves cenários sobre os problemas cotidianos e relatam em voz alta as soluções propostas. Este estudo teve como objetivos a adaptação do TOP-J para uso no Brasil, a elaboração de uma versão reduzida deste instrumento e verificação da acurácia de ambas a versões em amostra da população brasileira composta de controles cognitivamente saudáveis e pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), doença de Alzheimer (DA) e demência frontotemporal variante comportamental (DFT). MÉTODOS: A amostra foi composta por 85 indivíduos, com idade mínima de 50 anos e escolaridade mínima de 4 anos, sendo 24 controles, 26 CCL, 20 DA e 15 DFT. Os participantes foram submetidos a avaliação neuropsicológica e ao TOP-J. RESULTADOS: No TOP-J/15 versão brasileira (TOP-J/15-Br) e no TOP-J/9 versão brasileira (TOP-J/9-Br) (versão reduzida), o desempenho de controles foi estatisticamente superior ao desempenho de pacientes com CCL, DA e DFT e o desempenho de CCL foi superior ao de pacientes com DA e DFT. No TOP-J/15-Br, a confiabilidade verificada pelo alfa de Cronbach foi de 0,69 e o melhor ponto de corte para distinção de controles e pacientes foi de 30 (sensibilidade de 91,7%; especificidade de 59% e área sob a curva de 0,80). No TOP-J/9-Br, o alfa de Cronbach foi de 0,68 e o melhor ponto de corte para distinção entre julgamento de controles e de pacientes foi 19, com sensibilidade de 79,2, especificidade de 72,1 e área sob a curva de 0,82. CONCLUSÕES: O TOP-J/15-Br e o TOP-J/9-Br apresentaram características psicométricas robustas para o uso pretendido com amostra da população brasileira. Ambos foram capazes de identificar prejuízo de julgamento já em pacientes com CCL e diferenciaram julgamento de controles do julgamento de pacientes com boa sensibilidade e especificidade