Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Simone Villas Boas de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-16032012-091535/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A ressonância magnética (RM) é, atualmente, uma das técnicas mais utilizadas para avaliação quantitativa do volume das estruturas cerebrais. Estudos com pessoas que preenchem critérios diagnósticos para dependência de álcool, utilizando esta técnica, demonstram atrofia cerebral nestes sujeitos, sendo que a região mais sensível e afetada pelos efeitos do álcool parece ser o córtex pré-frontal. A literatura revisada sugere que as subporções do córtex pré-frontal que podem ser mais suscetíveis aos efeitos do uso crônico do álcool são as regiões filogeneticamente mais recentes, como as áreas anterior e dorsolateral, enquanto que a área orbital, mais antiga, pode estar mais preservada. No entanto, nenhum estudo de RM morfométrica até hoje investigou possíveis diferenças no grau de comprometimento morfológico entre áreas de Brodmann (AB) distintas na região pré-frontal, em indivíduos que preenchem diagnóstico para dependência de álcool em comparação com voluntários saudáveis. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo detalhado do impacto do álcool, especialmente sobre o córtex pré-frontal, parcelando-o em áreas de Brodmann, o que pode auxiliar para uma maior compreensão dos danos cerebrais subjacentes aos déficits cognitivos presentes em alcoolistas e ajudar no planejamento de estratégias terapêuticas e de reabilitação cognitiva. METODOLOGIA: A amostra foi composta por dois grupos: o grupo dependentes de álcool (DA), com 98 sujeitos que preenchiam critérios diagnósticos para dependência de álcool, e o grupo controle, com 73 sujeitos saudáveis pareados por idade, sexo e dominância cerebral. RESULTADOS: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na volumetria cerebral, especialmente, no córtex frontal (substância cinzenta e líquor p<0,05) e parietal (substância cinzenta e líquor p<0,05). Quando dividido em AB, as áreas mais afetadas foram a AB 8 (SC p<0,001; L p<0,006), AB 9 (SC e L p<0,002) e AB 44 (L p=0,036 , SB p<0,005). CONCLUSÃO: Foi possível confirmar a hipótese inicial de que as áreas filogeneticamente jovens são mais sensíveis e vulneráveis à neurotoxidade do álcool, o qual, por sua vez, acelera o processo natural do envelhecimento, implicando perdas de substância cinzenta, principalmente nas áreas cognitivamente mais sofisticadas, como a anterior e a dorsolateral do córtex pré-frontal |