Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Angela Rita de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-25062014-112034/
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Resumo: |
O uso de fitoterápicos é difundido na cultura popular dos países da América do Sul, substancialmente no Brasil. Passiflora edulis Sims (tipo de maracujá) está presente na lista da RENISUS e é uma espécie utilizada para promover a cicatrização de feridas cutâneas, no entanto, a literatura científica é pobre em relação aos mecanismos de ação da planta. Passiflora setacea DC é uma espécie silvestre de maracujá, sendo mais resistente à morte precoce e infecções por patógenos. Para este estudo procedemos à obtenção e fracionamento do extrato hidroetanólico a 60% das partes aéreas (folhas e caules) de Passiflora edulis e Passiflora setacea. Posteriormente, obtivemos o perfil cromatográfico em CCD e CLAE dos extratos e das frações, isolando os compostos majoritários e fizemos a análise da capacidade oxidativa dessas frações. Em uma segunda fase, verificamos a atividade cicatrizante dos extratos e das frações, em ratos, através da análise macroscópica do processo de cicatrização (área e tamanho do ferimento); análise da migração de neutrófilos (em bolsa de ar induzida no dorso dos animais) e mediadores inflamatórios liberados (TNF-α, IL-1β e CINC-2 α/β) na bolsa de ar induzida. Os caracteres morfoanatômicos apresentados neste trabalho para Passiflora setacea irão contribuir para sua morfodiagnose e principalmente para sua distinção da Passiflora oficial brasileira, Passiflora edulis. A triagem fitoquímica demonstrou a presença de compostos fenólicos, tais como flavonoides e taninos e ausência de alcaloides, cumarinas e saponinas, nas duas espécies, Passiflora edulis e Passiflora setacea, sendo possível a diferenciação das duas espécies por técnica de CCD e CLAE. Na Passiflora setacea foi identificado um pico majoritário que não foi encontrado na Passiflora edulis e que com uso de técnicas de CLAE semi-preparativa, espectroscopia de massas e ressonância magnética nuclear, este composto foi identificado como sendo luteolina-8-C-ramnosil-glicosideo. Todos os resultados observados nas analises biológicas permitem concluir que estas duas espécies de Passifloras têm atividade cicatrizante e anti-inflamatória significativamente diversa dos sistemas empregados como controle e que podem constituir auxiliares importantes no preparo de futuros medicamentos para melhoria do processo de cicatrização. |