Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Peres, Karen Glazer de Anselmo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-09102024-160036/
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Resumo: |
A partir da constatação da queda nos níveis de cárie dentária, muito tem se discutido quanto aos fatores potenciais que contribuiriam para este fenômeno, dentre eles, os fatores sociais e de comportamento. A partir deste referencial, considerando-se o resultado do levantamento epidemiológico realizado no município de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, em 1995, foram comparadas algumas situações sociais e de comportamento entre dois grupos de prevalência de cárie distintos em crianças de 12 anos de idade: um grupo com alta/muito alta prevalência de cárie e outro com muito baixa prevalência de cárie. Através de um questionário elaborado na forma de entrevista estruturada, foram coletados os dados pertinentes ao estudo em uma população de 100 crianças, 50 em cada grupo de prevalência de cárie. Fizeram parte da entrevista, questões relacionadas a dados familiares como a relação número habitante/cômodo, número de crianças em um mesmo domicílio e acompanhante da criança no domicílio quando esta não está na escola. Questões sócio-econômicas como responsável pelo sustento da família, renda familiar, nível de escolaridade do pai e da mãe da criança e questões comportamentais como freqüência de escovação dentária, freqüência de consumo de produtos cariogênicos, atendimento odontológico nos últimos 12 meses, motivo da consulta odontológica e tipo de serviço odontológico utilizado. Foi utilizada a análise de regressão logística multivariada para os fatores de risco para alta/muito alta prevalência de cárie. Através dos resultados obtidos, constatamos que os fatores de risco para alta prevalência de cárie foram a freqüência de consumo de doces e a renda familiar. Uma criança que consome produtos cariogênicos 2 a 3 vezes ao dia, todos os dias, tem 4,41 vezes mais chances de ter alta prevalência de cárie quando comparada com uma criança que consome estes produtos no máximo uma vez ao dia (IC (OR) = [1,18; 16,43]). A estrutura familiar demonstrou ser um fator significante para a prevalência de cárie dentária, representada pela presença do pai e da mãe na manutenção do sustento da família, o que contribuiu significativamente para a baixa prevalência de cárie dentária. A renda familiar foi o fator sócio-econômico de maior importância neste estudo que, juntamente com o grau de escolaridade do responsável pela criança são sugestivos de indicação de risco à cárie dentária. Uma criança cuja renda familiar é menor que cinco salários mínimos, tem 4,18 vezes mais chances de apresentar alta prevalência de cárie quando comparada com uma criança cuja renda familiar é superior a cinco salários mínimos. (IC (OR)= [1,16; 15,03]). Através deste estudo, procuramos conhecer um pouco mais sobre o comportamento da cárie dentária em crianças na idade de 12 anos que, na maioria das vezes, apresentam a dentição permanente completa, acumulando e refletindo a história da doença. Os resultados encontrados nesta pesquisa, devem ser interpretados de maneira cuidadosa, por tratar-se de uma população específica e também devido ao número reduzido de casos encontrados, conforme definidos na metodologia. |