Associação entre variáveis meteorológicas, índice climático, fatores socioeconômicos e mortalidade por doenças do aparelho circulatório (acidente vascular cerebral e embolia pulmonar) no município de São Paulo - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ikefuti, Priscilla Venâncio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AVC
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13022017-114517/
Resumo: Com a transição epidemiológica no Brasil, as doenças crônicas passaram a ser responsáveis pelo maior número de óbitos entre homens e mulheres. Entre os componentes que definem o estado de saúde humana, alguns do contexto geográfico, como clima local e fatores socioeconômicos, parecem influenciar na mortalidade por doenças do aparelho circulatório, tais como no acidente cerebral vascular (AVC) e na embolia pulmonar (EP). O objetivo principal deste trabalho foi verificar a influência do contexto geográfico (variáveis meteorológicas, índice climático e fatores socioeconômicos) na mortalidade por doenças do aparelho circulatório (AVC e EP) no município de São Paulo, no período de 2002 a 2011. Para analisar a associação da mortalidade com as variáveis meteorológicas foi utilizado um modelo linear generalizado empregando-se o método de Poisson e os modelos de lags distribuídos. Espacialmente a associação da mortalidade com as variáveis socioeconômicas foram testadas utilizando-se os modelos de regressão espacial OLS e GWR. Como resultado encontramos que tanto o frio quanto o calor são fatores de risco para todos os tipos de AVC e EP, com risco maior dependendo do tipo em homens e mulheres. Espacialmente os valores mais elevados do risco relativo (RR) da mortalidade por AVC estavam concentrados nas regiões periféricas do municipio de São Paulo, o que coincidiu com as áreas de menor renda per capita e vegetação e maior porcentagem de população preta. Já com relação à distribuição espacial dos altos valores de RR por EP esses estavam presentes principalmente na região central do município. Concluindo, a nossa pesquisa gerou grande quantidade de resultados que mostram que tanto as variáveis ambientais como socioeconômicas têm influência na mortalidade por algumas doenças do aparelho circulatório. Tendo em vista que o atendimento de urgência para os casos de AVC e EP pode evitar óbitos e sequelas graves, a melhor compreensão da importância do contexto geográfico pode permitir o desenvolvimento de sistemas de alertas junto aos serviços de atendimento de urgência e o direcionamento de campanhas para a prevenção dos fatores de risco evitáveis.