Alterações comportamentais em Rattus norvegicus experimentalmente infectados por Toxocara cati ou T. canis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Sergio Vieira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-06092013-160259/
Resumo: Toxocara canis e T. cati são nematódeos parasitos de cães e gatos, transmitidos pela ingestão de ovos larvados, pela via transmamária, por predação de hospedeiro paratênico e via transplacentária; essa última via ocorre na infecção por T. canis. Muitos parasitos apresentam mecanismos para alterar o comportamento de seus hospedeiros e garantir sua transmissão. Vários pesquisadores demonstraram ocorrência de alterações comportamentais, utilizando camundongos como modelo de hospedeiro paratênico para T. canis. Porém, não há na literatura, estudos sobre a ocorrência de alterações de comportamento de Rattus norvegicus experimentalmente infectados por T. cati. Os objetivos do presente trabalho foram verificar a distribuição de larvas de T.cati em exemplares de R. norvegicus e determinar as fases miotrópica e neurotrópica na infecção deste parasito; bem como comparar comportamentos de fêmeas e machos deste roedor experimentalmente infectado com inóculo de T. canis ou T. cati, nos períodos agudo e crônico da infecção. As variáveis avaliadas foram: ansiedade, atividade motora e força muscular. Inicialmente utilizaram-se 21 ratos com idade de oito semanas, infectados com 300 ovos de T. cati. Nos dias 3, 5, 8, 10, 15, 30 e 60 pósinfecção três animais foram mortos para contagem das larvas em seus órgãos. A seguir foram utilizados 50 exemplares fêmeas e 50 machos de R. norvegicus, com seis a oito semanas. Para cada sexo os animais foram divididos em três grupos: T. canis - 20 ratos infectados com 300 ovos de T. canis, T.cati -20 ratos infectados com 300 ovos de T. cati e controle - 10 ratos sem infecção. Nos dias 5, 15, 40 e 70 após a infecção, os animais dos grupos infectados e controle foram submetidos à avaliação das variáveis comportamentais e determinação da força muscular. Pôde-se verificar que a fase neurotrópica das larvas ocorreu principalmente no 15º dpi e 30º dpi. A fase miotrópica ocorreu em todo o período do experimento, porém especialmente no 15º e 60º dpi. Em relação à força muscular das fêmeas, pode-se observar diferença significante nos três grupos apenas no 40º dpi. Nos machos houve diferença significante entre os três grupos durante todo experimento. Nas variáveis comportamentais, somente as fêmeas do grupo infectado com T. canis apresentaram diferença significativa no 40º dpi em relação ao grupo controle. Os machos não apresentaram diferenças significantes na avaliação do comportamento. Pode-se concluir que T. cati teve comportamento migratório diferenciado, exemplares de R. norvegicus independente do sexo apresentaram maior decréscimo na força muscular quando infectados com T. cati e que apenas fêmeas infectadas por T. canis tiveram seu comportamento alterado permanecendo por mais tempo em condições de exposição em campo aberto.