Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santi, Luiz Otavio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-19072017-094418/
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Resumo: |
Esta tese complementa-se com um documentário intitulado Espaços da memória. Ele é resultado de uma intervenção visual colaborativa realizada por pesquisadores, dentre os quais este autor, e por moradores de São Luiz do Paraitinga, SP. Espaços da memória foi viabilizado pelo 1º Edital de Cultura e Extensão da Pró-Reitoria da USP de 2012. Um dos motivos para termos escolhido esta cidade é o de que ela reúne famílias e amigos que têm uma longa história de habitação e convívio na comunidade. Hoje patrimônio histórico nacional, ela também é patrimônio cultural dos que ali vivem, e que se concretiza no espaço de suas construções, das casas e ruas por onde organizam-se e depositam-se as histórias de famílias. O outro, foi porque a cidade sofreu uma grande enchente em janeiro de 2010, em que boa parte da população sofreu muitas perdas materiais. Foi de ampla divulgação na mídia, naquele momento, a destruição material ocorrida na cidade, em função das chuvas que derrubaram construções e transformaram as ruas, por semanas, em espaços tomados pelas águas, que arrastaram consigo tudo o que encontravam pela frente. Depois disso, a cidade enfrentou um longo processo de recuperação do legado perdido. A intervenção desenvolveu uma documentação observacional dos habitantes em seu cotidiano de reconstrução, propondo exercícios de rememoração por meio da coparticipação em algumas atividades, como rodas de conversa conosco, oficinas de fotografia, nas quais pudemos orientar os moradores a criarem suas imagens mais significativas. Investigamos as relações entre famílias e amigos e seus espaços de forma multidisciplinar, ou seja, levando em consideração aspectos históricos, psicológicos dessas relações, e da forma como se dão num contexto específico de representação com imagens. As imagens produzidas por eles serviram de estrutura para o roteiro do documentário, que incorporou uma seleção de fotos em sua narrativa. A partir destas impressões visuais e memoriais criamos um filme como dispositivo fílmico. Um dos aspectos do dispositivo é ser um filme ensaio que mostrar em sua narrativa o processo de realização dele próprio, evitando a neutralidade da equipe de filmagem. O dispositivo salienta estas relações do fazer compartilhado, juntando as habilidades dos pesquisadores com os olhares e os sentidos formados pelos moradores com suas fotografias, suas relações com a imagem e a memória. Esta intervenção visual qualitativa foi a base de pesquisa para esta tese, que analisa a produção de imagens como forma de pesquisa. Neste estudo, descrevemos o método do dispositivo fílmico e a intervenção videofotográfica nos quais os objetos-personagens se tornaram colaboradores realizadores, trabalhando a imagem como um fim em si mesmo. Acreditamos que com o fácil acesso aos aparatos numérico-digitais, o processo realizado nesta experiência pode oferecer algum grau de ineditismo para as pesquisas na Psicologia Social |