Entre a vulgarização científica e a produção de estereótipos culturais: a África e os africanos nas páginas da Eu Sei Tudo (1917-1958)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guimarães, Ana Carolina de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04112019-162428/
Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar imagens e textos relativos ao continente africano e à sua população, veiculados na revista ilustrada Eu Sei Tudo, publicada entre os anos de 1917 e 1958. A hipótese é a de que esse periódico contribuiu para a difusão de estereótipos relativos à África e aos africanos, especialmente quando se considera que, naquele momento, esse tipo de impresso recebia expressivas influências das publicações europeias. Neste sentido, buscou-se verificar se houve preponderância das ideias de modernidade e civilização europeias e se a revista, naquele período, fez circular uma visão eurocêntrica de mundo. A periodização proposta nesta pesquisa considera os quarenta e um anos de edição da revista Eu Sei Tudo no Brasil, período que envolve processos importantes relativos às discussões no país acerca das teorias eugenistas, às inovações tecnológicas que possibilitavam a impressão desses periódicos em larga escala; a inserção de um grande número de fotografias e ilustrações ainda maiores nos mesmos; e ao o processo de independência de parte significativa dos países africanos.