Estudo do efeito deletério do iodo-131 nas glândulas salivares de camundongos tratados ou não com laser de baixa potência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Magliano, Gabriela Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23157/tde-30042019-160011/
Resumo: O tratamento com o iodo-131, conhecido como iodoterapia, já é bem estabelecido para tumores de tireoide diferenciados, porém, pode ter como importante efeito colateral o desenvolvimento da hipofunção das glândulas salivares. Dados recentes da literatura relatam casos de sialoadenite e xerostomia em pacientes submetidos à iodoterapia, no entanto, poucos estudos analisam o seu efeito na função e morfologia do tecido glandular, o que dificulta o aparecimento de métodos preventivos e curativos para essas complicações. Com isso e baseado em estudos que indicam resultados promissores da terapia fotobiomoduladora, com laser de baixa potência, no tratamento da hipofunção das glândulas salivares; este trabalho teve como objetivo compreender o efeito da iodoterapia sobre as glândulas salivares e analisar se a terapia de fotobiomodulação é capaz de evitar o dano ao tecido. Para isto, foi estabelecido o protocolo de indução da hipofunção das glândulas salivares através da iodoterapia em 70 camundongos BALB/c; os quais foram divididos em três grupos: C, controle (n=30); I, submetidos à iodoterapia (n=20); e IL, submetidos à iodoterapia e terapia fotobiomoduladora para a hipofunção das glândulas salivares (n=20), com um comprimento de onda de 808 nm, espectro infravermelho, potência de 100 mW, energia de 1 J e 10 s por ponto, totalizando uma densidade de energia de 35,7J/cm². Os animais foram avaliados em três tempos experimentais; T1: antes da iodoterapia, T2: 10 dias após a iodoterapia, e T3: 90 dias após a iodoterapia. Logo após a eutanásia, houve a remoção das glândulas salivares parótidas e submandibulares, para análises morfológicas e imuno-histoquímicas, para a determinação quantitativa de células apoptóticas e expressão dos canais de sódio e iodo, cujos resultados mostraram que a iodoterapia com o iodo-131 promoveu, nas glândulas salivares parótida e submandibular, a inibição dos canais de sódio e iodo, aumento de células apoptóticas e alteração do estroma glandular, com diminuição na concentração de colágeno e atrofia das unidades secretoras terminais. Além disso, também foi observado que a TFBM com laser de baixa potência foi eficaz na modulação dos efeitos inflamatórios causados pelo iodo-131, aumentando a produção de colágeno no tecido glandular, modulando a inflamação nas unidades secretoras terminais, reativando expressão do NIS e controlando a apoptose celular. Com os resultados obtidos no presente estudo, concluímos que que a iodoterapia causa hipofunção das glândulas salivares parótidas e submandibulares e que a terapia de fotobiomodulação se mostrou uma terapia eficaz e promissora para prevenir e atenuar estes efeitos colaterais.