A matéria como suporte do tempo: arqueologia industrial nas antigas Officinas da Companhia Paulista em Jundiaí (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gonçalves, Juliana Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-01082022-144723/
Resumo: Este trabalho aborda as antigas Officinas da Companhia Paulista de Jundiaí, erigidas em escala monumental na cidade em 1895 e tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2002, representando o berço da industrialização jundiaiense, sua identidade ferroviária e a memória operária local. A pesquisa tem como objetivo analisar a arquitetura das antigas Officinas, em especial a sua configuração, com seus sistemas construtivos e materiais. O conjunto será estudado a partir da sobreposição de plantas históricas digitalizadas, fotografias, bibliografia e leitura atualizada dos remanescentes físicos, a fim de registrá-los de modo sistematizado, buscando documentar o estado atual do complexo e o que permaneceu em estado de arruinamento desde a sua aquisição pela Prefeitura de Jundiaí, em 2001. Essas análises permitirão investigar as mudanças ocorridas no local e realizar uma leitura da sua configuração arquitetônica atual. A base para este estudo está na compreensão da materialidade enquanto documento, que parte de procedimentos metodológicos da arqueologia industrial, da história da arquitetura e da conservação e restauração de bens culturais. Esta análise estará centrada no núcleo principal do complexo, compreendido como uma fonte viva e ponto de origem da segunda fase de expansão de Jundiaí, iniciada em 1865. Assim, além de se propor a estudar o conjunto para fins de registro e oferecer elementos para prevenir sua perda e discutir diretrizes, o presente trabalho busca promover o reconhecimento de um tema ainda pouco explorado em profundidade no Brasil a materialidade arquitetônica das oficinas ferroviárias.