Mulheres no jornalismo nipo-brasileiro. Discursos, identidade e trajetórias de vida de jornalistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mizumura, Cristina Miyuki Sato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-23052013-121835/
Resumo: Esta pesquisa discute a multiplicidade de discursos sobre a identidade das mulheres nikkeis no Brasil pela perspectiva do jornalismo produzido na comunidade de imigrantes japoneses e descendentes. Para a análise foram utilizados o suplemento Página Um, a revista Arigatô e o tablóide Japão Agora, por apresentarem reportagens em português que contrariaram alguns estereótipos da mulher japonesa e nikkei. Apesar de serem exceções ao discurso hegemônico que louvava a mulher nipônica abnegada e submissa, as matérias revelam a possibilidade de questionamento desse imaginário dentro do jornalismo nipo-brasileiro. Outro recurso para a realização do estudo foi a obtenção dos depoimentos de mulheres jornalistas da imprensa nipo-brasileira por meio da técnica de pesquisa dos relatos de vida. Nos relatos de vida as entrevistadas expressaram sua relação com a profissão e a influência de fatores como origens familiares, identidade étnica e gênero. As reportagens e os relatos de vida das jornalistas mostram as contradições entre o imaginário sobre as mulheres japonesas e nikkeis e suas condições concretas da vida. O objetivo foi estabelecer como as autoras e protagonistas de reportagens desafiaram a desumanização a partir do que Agnes Heller chamou de \"condução de vida\", ou seja, uma forma própria de apropriar-se da realidade a partir de sua individualidade, impondo a ela a marca de sua personalidade. É possível perceber a existência de manipulações para naturalizar os papéis atribuídos às mulheres e as estratégias femininas para conviver com os sistemas de preconceitos que impedem a conquista da autonomia e da cidadania.