Estudo crítico dos modelos experimentais em epilepsia espontânea do tipo ausência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Elton Pallone de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-24052011-135103/
Resumo: A epilepsia é uma das afecções neurológica mais comum na população mundial. Trata-se de uma condição crônica altamente incapacitante que acomete indivíduos de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, com um discreto predomínio em homens e, maior freqüência em crianças abaixo de dois anos e idosos acima de 65 anos. As conseqüências de morbidade e mortalidade desta patologia repercutem negativamente na sociedade e, conseqüentemente na economia global. Estima-se que de 60 a 100 milhões de pessoas ao redor do mundo apresentaram alguma condição epiléptica durante suas vidas. Segundo alguns autores a incidência da epilepsia varia de 11 a 131/100 mil habitantes por ano e a prevalência de 1,5 a 30/1000 habitantes por ano, sendo que os maiores valores encontram-se nos países em desenvolvimento, particularmente na America Latina e na África. As epilepsias generalizadas idiopáticas (EGI) constituem-se cerca de um terço de todas as formas de epilepsias e são 15 a 20% mais freqüentes em relação aos demais tipos de epilepsia. As EGI do tipo ausência, as quais são estritamente relacionadas à faixa etária infantil e adolescente podem muitas vezes (2,8 5,7% dos casos) afetar pacientes com idade superior a 15 anos. A fisiopatologia, assim como, as causas reais da ocorrência e/ou recorrência das crises de ausência na idade adulta não estão completamente esclarecidos e se representam um importante desafio para os epileptologistas. As epilepsias generalizadas idiopáticas (EGIs), (etiologia genética) são classificadas em: a) crises de ausência típicas, b) crises de ausência atípicas, c) crises de ausência com fatores especiais, d) crises mioclônicas, e) crises mioclônicas atônicas, f) crises mioclônicas tônicas, g) crises clônicas, h) crises tônicas e, i) crises atônicas. O tratamento e comumente farmacológico e as crises são controladas na maioria dos casos, no entanto, cerca de um terço dos pacientes são refratários às drogas anticonvulsivantes. Tendo como principal finalidade a elucidação de mecanismos básicos e, auxílio no desenvolvimento de abordagens terapêuticas eficazes para esses pacientes, pesquisadores do mundo inteiro dedicam muitos esforços para o desenvolvimento de modelos experimentais capazes de mimetizar o fenômeno que se pretende reproduzir. Dentre os principais modelos experimentais em EGIs, pode-se citar: (1) o modelo de epilepsia generalizada induzida por penicilina em gatos; (2) modelos de investigação da bicuculina; (3) indução por estimulação elétrica; (4) ratos geneticamente epilépticos de Strasbourg (GAERS); (5) cepa WAG/Rij; (6) modelo do gama-hidroxibutirato (GHB) e (7) os camundongos mutantes. Tais modelos experimentais têm provido meios para que os pesquisadores possam avaliar e quantificar adequadamente as alterações neuronais que ocorrem durante os processos epileptógenos tanto in vitro ou in vivo, possibilitando importantes avanços no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e, melhora na qualidade de vida de portadores de epilepsia