Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Frontana, Andrés Vivas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-20092023-144705/
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Resumo: |
Postula-se neste trabalho que há um novo paradigma conduzindo de forma hegemônica os destinos do sistema capitalista desde a dissolução dos mecanismos que regeram o longo e vigoroso processo de acumulação da Era de Ouro, as três décadas de crescimento acelerado que se seguiram ao término da Segunda Guerra Mundial. Mediante a utilização de um instrumental teórico crítico em relação à teoria econômica dominante, oferecido pela teoria da regulação, procura-se demonstrar que há um novo regime de acumulação e um novo modo de regulação (um novo binômio) bem-configurados e com sólidas bases institucionais, a reger majoritariamente a lógica de reprodução e valorização do sistema capitalista no final do século XX, o qual substituiu o regime fordista vigente no pós-guerra, compondo um conjunto de relações e instituições que rompe radicalmente com as formas predominantes na Era de Ouro do capitalismo. Esse binômio, caracterizado por um regime de acumulação dominado e comandado pela esfera financeira e por um modo de regulação regido por uma lógica de mercado e repentista, foi engendrado nos anos 1970, com a desintegração do fordismo, e se consolidou nos anos 1980 e 1990, difundindo-se progressivamente pelo mundo sob a hegemonia dos Estados Unidos e da esfera financeira. A discussão neste trabalho está centrada na transformação e na nova configuração daquela que parece ser, pela sua abrangência, a forma institucional essencial para a compreensão da lógica interna do novo binômio e da nova realidade do capitalismo das ultimas três décadas do século XX: a forma institucional regime monetário e financeiro. A reorganização das relações sociais, políticas e culturais, a recomposição do aparelho produtivo e a transformação da regulação econômica e das regras de apropriação e repartição da renda e da riqueza entre as classes sociais e os Estados nacionais promovidas pelas instituições que compõem o novo binômio conferem ao capitalismo do final do século XX o estatuto de um novo edifício, aprecie-se ou não sua arquitetura, suas bases de sustentação ou seus guardiões, questione-se ou não sua estabilidade ou sua capacidade de se manter social e economicamente coeso por longo período. |