Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro, Jade Simoes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-07082019-142838/
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Resumo: |
ciência criminal tem uma abordagem multidisciplinar e procura reunir ciências sociais, naturais e aplicadas para encontrar novas maneiras de reduzir o crime. O combate ao tráfico e ao consumo de drogas envolvem esforços de vários países uma vez que são relacionados a problemas de segurança e saúde pública. A proibição ao consumo das drogas tradicionais tem gerado o aparecimento de novas substâncias psicoativas (New Psychoactive Substances, NPS). As NPS consistem em substâncias similares àquelas originalmente proibidas, que têm por objetivo imitar os efeitos recreacionais e burlar a legislação de drogas. Os canabinóides sintéticos, popularmente conhecidos como \"spice\", são pulverizados em produtos fitoterápicos para reproduzir os efeitos recreativos da cannabis. De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (United Nation Office on Drugs and Crime, UNODC), os efeitos tóxicos dos tipos sintéticos cannabis são desconhecidos e há relatos de danos e fatalidades associados ao uso dessas drogas. No Brasil, a Lei 11.343/2006 traz mecanismos de controle ao tráfico e ao consumo de substâncias proibidas. Em relação às NPS, desde 2016 o país tem adotado a política de proibição genérica, ficando proibidos qualquer tipo de substâncias canabimiméticas. No entanto, há ausência de informações tanto sobre a caracterização quanto aos efeitos nocivos relacionados a essas espécies. As ciências forenses são essenciais para auxiliar em mecanismos de investigação de drogas. A velocidade de aparecimento das NPS traz um grande desafio, uma vez que os métodos tradicionais podem demandar tempo e custo entender as características desses compostos. O conceito de ciências forenses como mera análise de vestígios tem sido modificado pelo conceito de inteligência forense, que consiste no uso de dados para a tomada de decisões dentro do processo investigativo. Este trabalho teve por objetivo empregar métodos in silico como alternativa para entender o comportamento das NPS relacionadas à cannabis. Utilizamos métodos de química quântica para avaliar uma série canabinoides sintéticos identificados em amostras forenses. Nesse caso, o objetivo foi gerar espectros de infravermelho que podem ser utilizados como referencial para a detecção. Os riscos à saúde foram avaliados por meio de procedimentos toxicidade computacional e docking. Técnicas de quimiometria foram utilizadas para o tratamento e avaliação dos dados gerados. Os resultados indicaram que os estudos foram hábeis em fornecer informações para o entendimento do comportamento dessas substâncias. Dessa maneira, os métodos in silico se mostraram com grande potencialidade e podem auxiliar de maneira inequívoca a aplicação da Lei, seja no aspecto preventivo ou no repressivo |