O impacto do abridor bucal na diminuição das toxicidades bucais induzidas pela radioterapia em cabeça e pescoço: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Henrique da Graça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23159/tde-24022021-173214/
Resumo: Apesar do notório desenvolvimento tecnológico ocorrido recentemente na radioterapia, as toxicidades bucais inerentes a este tratamento na região de cabeça e pescoço ainda geram um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Entre as tentativas de minimizar os efeitos colaterais deste tratamento, a literatura propõe o uso de dispositivos bucais, chamados abridores de boca. Eles têm como principal função promover um posicionamento preciso, reprodutível e confortável das estruturas bucais não-alvo da radioterapia. O objetivo desta revisão sistemática foi testar a hipótese de que os abridores bucais podem diminuir a dose de radiação nas regiões livres de tumor na radioterapia para câncer de cabeça e pescoço. Desfechos clínicos secundários relacionados aos efeitos adversos da radioterapia em boca como mucosite oral, xerostomia e limitação de abertura bucal limitada também foram analisados. A revisão sistemática foi realizada por dois revisores independentes. Três bases de dados foram utilizadas: MEDLINE/Pubmed, Embase e Scopus. Foram incluídos artigos publicados até dezembro de 2019. Um total de 11 estudos atenderam aos critérios de inclusão. Todos os estudos selecionados mostraram benefícios na redução de dose de radiação em estruturas saudáveis próximas do tumor, bem como de trismo e mucosite oral. Em todos os estudos, foi observado a ausência de padronização de parâmetros clínicos (região dos tumores e estadiamento) ou avaliação objetiva de toxicidades tardias. Apesar dos resultados favoráveis encontrados nesta revisão sistemática, futuros ensaios clínicos randomizados são necessários para definir com precisão a melhor indicação e protocolos para o uso de abridores bucais em pacientes oncológicos.