Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Scalabrin, Angela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-06122021-091214/
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Resumo: |
Introdução: O estresse no trabalho tem repercussões para a saúde física e/ou mental dos trabalhadores. Entre os modelos conceituais de estresse no trabalho, o de Justiça Organizacional é um dos que têm sido investigados atualmente. Esse modelo permite identificar aspectos do contexto de trabalho relacionados à percepção de justiça nas dimensões distributiva (distribuição de recursos), procedural (tomada de decisão) e interacional (qualidade da comunicação e tratamento interpessoal). Vários estudos investigaram associações da percepção de justiça organizacional e desfechos em saúde, em particular, seus impactos sobre a saúde mental do trabalhador. Alguns estudos investigaram as repercussões de vivenciar injustiça organizacional sobre o aparelho cardiovascular e metabolismo dos trabalhadores. Entretanto, a sistematização da informação científica disponível sobre esse tema ainda é escassa. Objetivo: Revisar sistematicamente evidências de associação entre percepção de justiça organizacional e doença cardiovascular e metabólica em trabalhadores adultos. Métodos: As bases de dados investigadas foram MEDLINE, EMBASE, LILACS. A estratégia de busca utilizou cinco combinações para cada base, que incluíam a exposição (Justiça Organizacional) e um desfecho (doença arterial coronariana; doença cerebrovascular; hipertensão arterial sistêmica; diabetes mellitus; doença cardiovascular). Os critérios de elegibilidade incluíam publicações originais a partir de estudos observacionais (coorte, transversal ou caso-controle), publicados em Inglês, Português ou Espanhol. Os títulos selecionados foram avaliados por dois revisores, em caso de dissenso um terceiro revisor foi chamado. A qualidade dos estudos foi avaliada por meio dos critérios do Study Quality Assessment Tools do National Institute of Health. Resultados: Foram identificados 1.932 títulos nas bases de dados investigados. Restaram 19 artigos para avaliação na íntegra, dos quais 12 avaliaram estresse no trabalho utilizando outros modelos que não o de justiça organizacional e um foi excluído porque o desfecho não atendia aos critérios estabelecidos. Foram selecionados seis artigos. Todos os 6 estudos foram realizados em países de alta renda, quatro foram estudos de coorte e dois estudos de corte transversal. Há evidência que os indivíduos com percepção de justiça organizacional alta apresentaram menor risco de doença cardiovascular (infarto e acidentes vascular cerebral) e metabólica. Conclusão: Baixa justiça organizacional tem repercussões para a saúde cardiovascular e metabólica dos trabalhadores e para as organizações. Os gestores devem elaborar estratégias para promover alta justiça organizacional e, assim, mitigar os seus impactos sobre a saúde dos trabalhadores e sobre as instituições |