Tendência da mortalidade das doenças cardiovasculares, nas capitais brasileiras, no período entre 1990 e 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ottero, Glória Elisy Machado de Sá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18275
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. As doenças isquêmicas do coração (DIC) e doenças cerebrovasculares (DCBV) estão entre as dez principais causas de mortes no Brasil. A análise de tendência da mortalidade por DCV permite definir populações prioritárias para intervenções, elaborar e avaliar ações em saúde pública. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi analisar a tendência da mortalidade por DIC e DCBV nas 27 capitais brasileiras, no período de 1990 a 2018. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, os dados de óbitos foram obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Buscando corrigir problemas na qualidade da informação dos registros de óbito do SIM, realizou-se a correção dos óbitos referentes aos dados com sexo e/ou faixa etária ignorada e aos óbitos registrados com causas “mal definidas”. As taxas de mortalidade por DIC e DBCV foram padronizadas pelo método direto, tomando-se como população padrão a população do Brasil no ano de 2010. A análise de tendência da mortalidade por DIC e DCBV para a população total, homens e mulheres foi realizada utilizando o modelo de regressão de Poisson. Os resultados mostraram tendência de redução da mortalidade por DCBV tanto para a população total como para homens e mulheres em todas as capitais brasileiras. Vitória, capital da região Sudeste, apresentou a maior redução da taxa de mortalidade total por DCBV dentre todas as capitais brasileiras, -5,6% ao ano (IC95%: -6,0; -5,1%). No entanto, Macapá, capital da região Norte, teve a menor dentre todas as capitais -1,7% ao ano (IC95%: -2,7; -0,7%). Paras as DIC foi observada tendência de redução da mortalidade tanto para a população total como para homens e mulheres nas capitais das regiões Sul, Sudeste e para a maioria das capitais da região Centro-Oeste. As capitais das regiões Norte e Nordeste apresentaram uma variabilidade na tendência da mortalidade por DIC. Conclui-se que as capitais das regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores reduções da tendência da mortalidade por DIC e DCBV. Os achados desse estudo são importantes para prover informações mais detalhadas buscando auxiliar a gestão local na promoção de políticas de saúde pública, planejamento de estratégias e elaboração de medidas e ações em saúde.