Os discursos confrontados no processo de privatização: o caso companhia Vale do Rio Doce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Adão, Sonia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-01022008-105831/
Resumo: Centrada numa perspectiva discursiva - a da análise do discurso - esta pesquisa trabalha tendo como foco teórico a constituição/identidade das formações discursivas e relações interdiscursivas de caráter polêmico. Além disso, indagações como as dimensões interdisciplinares da análise do discurso e a concepção de análise do discurso político ficaram também contempladas na trajetória. Para efeito de averiguação da conformação do foco teórico, escolhemos como corpus a diversidade dos discursos escritos que se confrontaram, durante o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD - maior companhia do mundo em atividade de extração mineral. Esse processo não se deu de forma pacífica e consensual, mas sob exaustivos debates de confronto entre governo e sociedade civil. Esse confronto levou a um questionamento: o fato de o processo ter se dado sob exaustivos debates, configurou-lhe uma aparência democrática, no entanto, o discurso \"vencedor\" é aquele identificado com o discurso governamental o qual propõe e efetiva a privatização. Se houve estratégias de condução do processo, como está caracterizado o perfil do discurso \"vencedor\": persuasivo, convincente ou simplesmente hegemônico? Esse questionamento, em linhas gerais, levou aos seguintes objetivos: confrontar os argumentos verificando a força de um em relação ao outro; verificar o mecanismo de refutação e como as identidades e as imagens discursivas são construídas. A questão subjacente é buscar compreender, através de formas de produção de sentidos como os fenômenos políticos se instalam ou se constituem discursivamente numa confluência de espaços e poderes nem sempre passíveis de clareza e visibilidade.