Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Gonzales, Selma Lúcia de Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-31032009-143246/
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Resumo: |
Os Tiros de Guerra são Órgãos de Formação da Reserva (OFR) do Exército Brasileiro que preparam o jovem para compor a reserva mobilizável da Força Militar terrestre, porém com especificidades e objetivos distintos dos da formação do soldado-recruta. Essa tese objetiva analisar a territorialidade militar terrestre no Brasil práticas e ações que se materializam no território e corroboram para sua apropriação a partir do estudo da distribuição e atuação dos Tiros de Guerra e a relação destes com o que preconiza a estratégia militar de presença, definida como uma das estratégias de organização e articulação do Exército Brasileiro. De duzentos e trinta Tiros de Guerra existentes, localizados em vinte e um Estados da Federação, foram pesquisados cento e cinqüenta e oito, mediante entrevistas com Chefes de Instrução e aplicação de questionários. Constatou-se que esses órgãos militares sofreram mudanças estruturais no que se refere à sua funcionalidade e ao público-alvo. De órgãos alternativos para que as elites locais se eximissem do serviço militar obrigatório em organizações militares da ativa, converteram-se em órgãos que absorvem os jovens mais desfavorecidos socialmente para a prestação do serviço militar. Comportam-se como vetor de convergência doutrinária patriótico-militar, caracterizando-se como uma rede de malha elástica estratégica institucional. Atendem, prioritariamente, a territorialidade institucional e promovem a apropriação simbólica do território municipal, em consonância com o poder político local. Corroboram com a estratégia militar de presença de maneira bastante limitada no aspecto combativo, todavia voltam-se à estratégia sociopolítica institucional no sentido de permanência e aceitabilidade da organização militar terrestre. Assim, validam uma presença institucional que, todavia, não se restringe à presença material, mas traduz-se numa inserção na malha social do município. |