Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marques, Ana Luiza Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29012020-130545/
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Resumo: |
Introdução: A adenomiose é uma doença ginecológica comum. O cenário epidemiológico da adenomiose mudou de uma doença típica identificada em mulheres multíparas, com idade superior a 40 anos, submetidas à histerectomia, para uma doença multifacetada diagnosticada também em mulheres jovens com sangramento uterino anormal (SUA), infertilidade, dor pélvica ou mesmo assintomáticas. Há várias características ultrassonográficas e radiológicas típicas que permitem a realização de diagnóstico não invasivo. Comparando os dois métodos ultrassonografia transvaginal (USTV) e Ressonância Magnética de pelve (RM), a primeira é mais bem tolerada pelas pacientes, é amplamente disponível e de baixo custo. O diagnóstico definitivo é estabelecido pela histologia do espécime uterino; no entanto, não há critérios definidos sobre os tipos de lesões adenomióticas, seja pela histologia ou cirurgia. Objetivo: Avaliar a acurácia da ultrassonografia transvaginal, nos modos 2D e 3D para o diagnóstico da adenomiose, em mulheres entre 18 e 40 anos, em comparação com a ressonância magnética de pelve, considerado teste índice padrão não invasivo. Métodos: O presente estudo, transversal, observacional e prospectivo, efetuado em 88 pacientes, do sexo feminino, sintomáticas ou assintomáticas, foi realizado de janeiro de 2018 a dezembro de 2018. As pacientes foram procedentes do ambulatório de dor pélvica crônica, do Hospital Universitário Getúlio Vargas da UFAM e tinham idades entre 18 e 40 anos (média 31,6 a ± 5,8). As pacientes foram submetidas aos exames de imagem (USTV) e (RM), realizados por especialistas em diagnóstico por imagem experientes, ambos na fase lútea média do ciclo menstrual. Foram excluídas mulheres virgens, grávidas, com diagnóstico de câncer de colo uterino ou em tratamento e em uso de análogos do GnRH (Gonadrotopin Releasing agonist hormone) e outras terapêuticas hormonais, como contraceptivos hormonais. A adenomiose foi identificada pela USTV utilizando-se o consenso do grupo MUSA. As variáveis USTV-2D foram: útero globoso e heterogêneo, cistos miometriais, estrias lineares hipoecóicas, ilhas hiperecogênicas (buds), assimetria de paredes uterinas e zona juncional (ZJ) mal definida. O Power Doppler foi usado para diferenciar adenomiose e leiomiomas e entre quaisquer cistos miometriais ou lacunas e componentes vasculares. As variáveis USTV-3D foram: ZJ definida ou mal definida, irregular, interrompida, espessura da ZJ e sua diferença entre as paredes anterior e posterior (diferente de ZJ) foram registradas. Foi considerada sugestiva de adenomiose: ZJmax >=8mm e / ou diferente de ZJ >=4mm. A adenomiose foi identificada pela RM quando foram identificados cistos com sangue, cistos sem sangue, espessura da ZJ entre 8 mm e 12 mm. Foram avaliados os valores de sensibilidade, de especificidade e a acurácia da USTV 2D e 3D para o diagnóstico de adenomiose, comparada com a RM, avaliada pelo índice Kappa. Resultados: A concordância entre os métodos USTV-2D e USTV-3D comparada com a RM, apresentaram os seguintes resultados:1) USTV-2D e USTV-3D: forte concordância (Kappa 0,613 p 0,000), 2) USTV-2D e RNM: fraca concordância (Kappa 0,107 p 0,110), 3) UTRV-3D e RNM: razoável concordância (Kappa 0,244 p 0,002). A acurácia entre os métodos: 1) USTV-2D e RM: sensibilidade de 83%, especificidade de 41% e acurácia de 47%, 2) USTV-3D e RM: sensibilidade de 92%, especificidade de 57% e acurácia de 61% (IC95%: 49 - 72). O valor preditivo positivo foi de 20% e 27% e o valor preditivo negativo foi de 93% e 97% quando comparado à RM, respectivamente |